KF86 escribió:Brasil, tu pais no tubo ni tiene un artefacto nuclear, si tiene la posibilidad de construirlo, pero eso es diferente a tenerlo.
Entrevista del Ex-presidiente de la republica, acessores nucleares y comandanytes de las fuerzas:
Ultra-secreto: a bomba nuclear brasileira
Um homem esperou 15 anos para revelar um segredo militar.
Ele é José Luiz Santana, e foi, durante o governo Collor, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, a CNEN, órgão que controla toda a atividade nuclear no país.
José Luiz Santana revela:
a decisão do ex-presidente José Sarney, em 1986, de lacrar um buraco na Serra do Cachimbo, no Pará, construído para testes nucleares, não acabou com o projeto da bomba atômica brasileira.
"Nós estávamos no caminho rápido de fazer o primeiro teste", diz ele.
Santana conta que, em 1990, teve acesso a um documento classificado de ultra-secreto e que detalhava a construção da bomba atômica brasileira:
"Lá tinha toda a arquitetura do artefato, toda a engenharia. Todas essas peças estavam sendo construídas por grupos civis, principalmente dentro da CNEN. Alguns outros equipamentos, em áreas militares”, contou Santana.
Qual seria a potência desta bomba?
"Vamos dizer que seria comparável às que foram detonadas no Japão, em 1945”, responde ele.
O Ministro da Aeronáutica no governo Sarney, Octávio Moreira Lima, contesta.
A bomba atômica estava próxima de ser alcançada?
Octávio Moreira Lima: “De maneira nenhuma, nem a médio nem a longo prazo. Eu posso responder pela Aeronáutica, tão somente pela Aeronáutica”.
Mas em 1990, ao depor no Congresso Nacional, o almirante Maximiano da Fonseca,
ministro da Marinha até 1984, declarou que o Brasil dispunha "de equipamentos e tecnologia" para produzir a bomba.
O
ex-presidente Collor também confirma que a bomba estava quase pronta.
“Estávamos perto”, disse ele.
O projeto da bomba era conhecido por pouquíssimas pessoas.
"Quando eu tomei posse no Ministério da Aeronáutica, no dia 15 de março de 1990, até aquela ocasião, eu não sabia nada sobre o programa nuclear brasileiro", informou o brigadeiro Sócrates da Costa Monteiro, ministro da Aeronáutica no governo Collor - 1990-1992.
No dia 15 de março foi a posse de Fernando Collor. E já nessa data o secretário de assuntos estratégicos do novo governo, Pedro Paulo Leoni Ramos, recebeu uma informação preocupante: uma kombi estava retirando documentos do antigo serviço nacional de informações:
"Determinei que essa kombi fosse interceptada e, efetivamente, nesse conjunto de documentos, uma parte significativa era de documentos que relatavam o nosso programa nuclear", contou Pedro Paulo Leoni Ramos.
O ex-presidente Fernando Collor confirma: o projeto de construção da bomba atômica continuava a ser tocado em 1990, mesmo depois da Constituição ter estabelecido que a energia nuclear só deveria ser utilizada com fins pacíficos.
“
O programa, pretendia no seu desenvolvimento detonar um artefato nuclear, não se pode confundir com bomba”, diz o brigadeiro Sócrates.
Para o ex-ministro, "artefato" seria uma espécie de bomba sem finalidade bélica. Desse modo, sua construção não seria inconstitucional.
"Fiquei assustado com aquela afirmação e disse a ele que eu era absolutamente contrário a este programa", afirma Collor.
E acabar com o programa, lembra agora o ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, José Luiz Santana, não foi fácil.
"Nós desmontamos mais de 60 grupos de pesquisa, remanejamos pessoas", recorda.
As reações vieram em seguida e de forma violenta.
“Foram três atentados em seis meses”, lembra Santana.
Um a tiros e ou outros dois com sabotagens no carro.
O ex-secretário de assuntos estratégicos confirma: "Ele me narrou esses episódios. Nós passamos a dotá-lo de uma vigilância, o estado brasileiro passou a providenciar a segurança necessária para o exercício de função que lhe cabia".
Em setembro de 1990,
o então presidente Collor decidiu jogar uma pá de cal no poço de cachimbo e determinou sua destruição. Mas o ex-ministro da Aeronáutica revela: a pá de cal foi jogada no buraco errado: um poço que já estava inutilizado por problemas de construção.
"Quando ele estava quase pronto, ele desbarrancou, cedeu, as paredes cederam. Ele foi tapado e considerado inutilizado. Eram dois buracos, um ruim e o outro bom. O ruim foi detonado, e mandei detonar o bom também e acabou o problema", conta.
O ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear diz que os responsáveis pelo projeto paralelo tinham uma data provável para testar a primeira bomba atômica brasileira.
“Quando o presidente Collor foi a Serra do Cachimbo (em 7 de setembro), não estaria muito longe de uma data possível”, admite ele.
“Há um simbolismo em tudo isso, nessa data.
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... 05,00.html
Saludos