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Sriver
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Rusia enviará a Brasil primeros helicópteros de combate Mi-35M dentro de algunos meses

Moscú, 6 de abril, RIA Novosti. Rusia enviará a Brasil el primer lote de helicópteros de combate Mi-35M a finales de 2009 o a principios de 2010, comunicó hoy Alexander Fomin, subjefe primero del Servicio ruso para la cooperación militar técnica (FSVTS).

El funcionario señaló que la industria rusa ya trabaja en la ejecución del respectivo contrato que contempla el suministro de 12 máquinas, por importe total de 150 millones de dólares. "La primera entrega tendrá lugar a finales de este año o a principios del año que viene", dijo.

El helicóptero de ataque Mi-35M es una versión exportable del helicóptero multifuncional de combate Mi-24. Tiene capacidad todo tiempo y lentes de visión nocturna. Su armamento puede incluir misiles antitanque guiados, ametralladoras, lanzador de granadas, bombas y minas.

Fuente: Ria Novosti


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Brazil could make Russian new-generation
fighters under license



MOSCOW, April 7 (RIA Novosti) - Russia may allow Brazil to produce its fifth-generation fighters under a license in the future, a senior Russian government official said in an interview with RIA Novosti.

"We are discussing with the well-known Brazilian company Embraer the transfer of technology and the construction of facilities for the future licensed production of the aircraft, including the fifth-generation fighter,"
said Alexander Fomin, deputy director of the Federal Service on Military-Technical Cooperation.

Russia's advanced multirole fighter is being developed by the Sukhoi aircraft maker, part of Russia's United Aircraft Corporation (UAC), along with India's Hindustan Aeronautics Limited (HAL), under a preliminary intergovernmental agreement signed in October 2007.

The first prototype is scheduled to make its maiden flight before the end of 2009.

Last November, Russia and Brazil signed a series of agreements on military technology cooperation which emphasize the protection of intellectual property rights and technology secrets.

The agreements will facilitate the transfer of technology and the licensed production of the Russian aircraft in Brazil if Moscow decides to sign a contract with the South American country.


Meanwhile, Russia's Su-35 jet fighter is participating in an ongoing tender for the delivery of over 100 fighters to the Brazilian Air Force.

"We are actively participating in the Brazilian tender, which has been reopened. It involves over 100 fighter planes. Russia has made a bid in the tender with its Su-35 multirole fighter. The tender has stiff requirements, involving not only the sale, but also the transfer of technology. It is a key condition of the deal and Russia is ready to satisfy it," Fomin said.

Brazil wants a multirole fighter to protect its national airspace as well as to keep track of smugglers in the Amazon basin and guard the country's offshore oil rigs. However, it also wants the multi-billion dollar contract to reenergize the domestic defense industry through home-grown production and as much technology transfer as can be afforded.


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Texto importantíssimo e esclarecedor a respeito do SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO.

Uma visão da Marinha a respeito do status econômico e geopolítico do país

Marinha do Brasil

Comandante da Marinha: "A importância da construção do submarino de propulsão nuclear brasileiro"



A grandeza e a abrangência dessa construção obrigam que sua análise seja desdobrada segundo, pelo menos, três vertentes principais: a estratégica, que estabelece sua razão de ser; a tecnológica, que significa uma mudança de patamar para o Brasil; e sua contribuição para o desenvolvimento de uma indústria nacional de defesa, que levará o País à auto-suficiência no projeto e na fabricação do seu próprio material militar.

I. ASPECTOS ESTRATÉGICOS


No contexto da guerra naval, o submarino é o meio que, dentre todos, apresenta a melhor razão custo / benefício. Sua vantagem determinante resulta da capacidade de ocultação, o que, em termos bélicos, significa surpresa, um dos grandes fatores de força em qualquer confronto. Radares nada detectam abaixo d’água e, das formas conhecidas de energia, a única que consegue se propagar significativamente na massa líquida é a energia acústica. Assim, somente as ondas sonoras emitidas por sonares podem, em tese, permitir a detecção do submarino. Entretanto, por força das próprias leis da física, a propagação acústica, no mar, não se dá em linha reta, mas segundo determinados padrões, em função de parâmetros mensuráveis, gerando grandes “zonas de sombra”, onde o som não penetra com intensidade apreciável. A diligente exploração do fenômeno permite ao submarino confundir-se com o meio ambiente em que opera, preservando a ocultação e desequilibrando a contenda a seu favor, de tal sorte que é necessário um conjunto de meios navais de superfície e aeronavais para se contrapor, com alguma chance, a um único submarino.

É por causa dessa superioridade intrínseca, resultante da capacidade de ocultação, que o submarino se tornou, historicamente, a arma de quem tinha que enfrentar um oponente que dominava os mares, como bem exemplifica a opção alemã, em duas guerras mundiais, e a da União Soviética, durante a Guerra Fria. Releva notar, no entanto, que, se por um lado, o submarino pode neutralizar forças navais muito superiores, não pode substituí-las em seus respectivos misteres.

Submarinos convencionais e submarinos nucleares
Quando se fala em submarinos, há que separá-los em duas grandes categorias: a dos convencionais e a dos nucleares.


Para os convencionais, a fonte de energia é o óleo diesel, combustível que faz funcionar os conjuntos de motores diesel e geradores elétricos. A energia por eles gerada é, então, armazenada em grandes baterias, que, no total, pesam 250 toneladas. Além de atender a todas as demandas da vida a bordo, essa energia é aplicada em um Motor Elétrico de Propulsão, garantindo o deslocamento do submarino.

No caso dos convencionais, a capacidade de ocultação tem que ser periodicamente quebrada, uma vez que necessitam, a intervalos, recarregar suas baterias. Para tanto, devem se posicionar próximo à superfície do mar e, por meio de equipamento especial, denominado esnorquel, aspirar o ar atmosférico, para permitir o funcionamento dos motores diesel e a renovação do ar ambiente. Nessas horas, em função das partes expostas acima d’água, tornam-se vulneráveis, podendo ser detectados por radares de aeronaves ou navios. Para limitar tal exposição, devem economizar energia ao máximo, o que lhes limita a mobilidade. Por isso, são empregados segundo uma estratégia de posição, isto é, são posicionados em uma área limitada, onde permanecem em patrulha, a baixa velocidade. Em razão disso e graças a suas reduzidas dimensões, que lhes permitem manobrar em águas muito rasas, são normalmente empregados em áreas litorâneas. A dependência do ar atmosférico e a baixa mobilidade são as grandes limitações dos submarinos convencionais.

Para os nucleares, a fonte de energia é um reator nuclear, cujo calor gerado vaporiza água, possibilitando o emprego desse vapor em turbinas. Dependendo do arranjo peculiar de cada submarino, as turbinas podem acionar geradores elétricos ou o próprio eixo propulsor. Naturalmente, em qualquer caso, produzem toda a energia necessária à vida a bordo.

Diferentemente dos submarinos convencionais, os nucleares dispõem de elevada mobilidade. São fundamentais para a defesa distante das águas oceânicas (águas profundas). Por possuírem fonte virtualmente inesgotável de energia e poderem desenvolver altas velocidades, por tempo ilimitado, cobrindo rapidamente áreas geográficas consideráveis, são empregados segundo uma estratégia de movimento. Em face dessas características, podem chegar a qualquer lugar em pouco tempo, o que, na equação do oponente, significa poder estar em todos os lugares ao mesmo tempo. O submarino nuclear é simplesmente o “senhor dos mares”.

- Submarinos na estratégia naval brasileira
Logo cedo, a Marinha do Brasil (MB) entendeu a importância desses meios, tanto que possui submersíveis em seu inventário desde 1914, o que coloca nossa Força de Submarinos entre as mais antigas do mundo. Ao longo dos primeiros 75 anos, nossas unidades eram construídas em outros países: inicialmente, na Itália, do princípio até os anos 1950, quando passamos a operar submarinos americanos. A partir da década de 1970, tendo os Estados Unidos descontinuado a produção de convencionais, passamos a adquiri-los da Grã-Bretanha; e, desde o final dos anos 1980, operamos submarinos de modelo alemão, um deles, fabricado na Alemanha e quatro, no Brasil.

Considerando a vastidão do Atlântico Sul, natural teatro de nossas operações navais e a magnitude de nossos interesses no mar, a Marinha constatou, desde logo, que, no que tangia a submarinos, a posse de convencionais não era o bastante. Para o cumprimento de sua missão constitucional de defender a soberania, a integridade territorial e os interesses marítimos do País, tornava-se mister dispor, também, de submarinos nucleares. Aqueles, em face de suas peculiaridades, para emprego preponderante em áreas litorâneas, em zonas de patrulha limitadas. Estes, graças à excepcional mobilidade, para a garantia da defesa avançada da fronteira marítima mais distante.

Em face da necessidade estratégica, por um lado e, por outro, do “apartheid” tecnológico que sempre negou a países periféricos o desenvolvimento das tecnologias associadas ao domínio do átomo, a MB decidiu desenvolver, de maneira autóctone, a tecnologia de construção de submarinos nucleares.

Assim, desde o final da década de 1970, conduz, nas dependências de seu Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, um programa de desenvolvimento de tecnologia nuclear, visando, por um lado, o domínio do ciclo do combustível nuclear, que logrou êxito em 1982; por outro, a construção de um protótipo de reator nuclear capaz de gerar energia para fazer funcionar a planta de propulsão de um submarino nuclear, o que ainda não está pronto, com operação prevista para 2013.

Paralelamente, para capacitar-se a construir submarinos, na mesma época cuidou de obter, na Alemanha, a transferência de tecnologia de construção de submarinos, empregando, para tanto, o projeto do submarino IKL-209, à época o modelo mais vendido no mundo. Foram, assim, construídos um submersível nos estaleiros da HDW, em Kiel, e quatro deles no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), colocando a MB no limitado rol dos países construtores desses engenhos.

Não obstante ter logrado êxito na construção, falta à Marinha a capacidade de desenvolver projetos de submarinos. O caminho seguido pelas potências que produzem submarinos nucleares foi o de, a partir do pleno domínio do projeto de convencionais, evoluir, por etapas, para um submarino nuclear, cujos requisitos, em termos de tecnologia e controle de qualidade, superam em muito aqueles de um convencional. Assim, o caminho natural para o Brasil seria, da mesma forma, o de desenvolver sucessivos protótipos, até que se chegasse a um projeto adequado, para abrigar uma planta nuclear. Como não se dispõe do tempo nem dos recursos necessários para tanto, a solução delineada pela MB, no intuito de, com segurança, saltar etapas, foi a de buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-las. No nosso caso, tendo em vista o processo evolutivo indispensável, a parceria teria que ser buscada junto a países que produzissem, simultaneamente, submarinos convencionais e nucleares. Depois de longo e acurado processo de escolha, a França foi o país selecionado.

O significado da posse do submarino nuclear

Desde a divulgação das notícias referentes ao petróleo existente no pré-sal, é comum que se pergunte se tais descobertas influíram na retomada do investimento no submarino nuclear.

Ora, releva notar que, desde o início, o programa jamais foi interrompido pela Marinha. Mesmo entre os anos de 1994 a 2006, quando se constatou a insuficiência de recursos de outras fontes governamentais, a MB cuidou de mantê-lo vivo, ainda que em estado quase vegetativo, com o sacrifício exclusivo do orçamento da Força. Se tivesse sido descontinuado, o custo da retomada seria simplesmente impagável. A mudança havida, a partir de 2007, foi o aporte de mais recursos governamentais, fruto de nova visão política da atual administração de mais alto nível do País.

Mesmo assim, a mencionada alteração no “status quo” é anterior à revelação das descobertas do pré-sal que, no entanto, só fazem enfatizar, ainda mais, sua necessidade. Mais de 90% do nosso petróleo – dois milhões de barris por dia – são extraídos do mar. Da mesma forma, mais de 95% do nosso comércio exterior – cerca de US$ 300 bilhões, entre exportações e importações – são transportados por via marítima. Também, as nossas águas jurisdicionais, que costumamos chamar de Amazônia Azul, contém, na imensidão da massa líquida e do vasto território submerso, de milhões de quilômetros quadrados, riquezas biológicas e minerais, largamente ameaçadas pelas exploração predatória e cobiça internacional.

Como se vê, os interesses marítimos do Brasil são de tal magnitude, que exigem ficar confiados à proteção da Marinha . A falta de meios de defesa, para tanta riqueza, pode acabar se constituindo em convite a determinadas ações lesivas à soberania nacional. Daí, a necessidade de uma Força Naval capaz de desencorajá-las.

No caso do submarino nuclear, é evidente que sua ação específica não deverá ser a de permanecer como “sentinela” ao redor dos campos, como eventualmente se especula. Na verdade, o relevante não é nem o que ele vai fazer, mas o que pode fazer. E pode tanto, que sua simples existência é suficiente para produzir boa parte dos efeitos desejados com sua posse. Como dito, nossa Zona Econômica Exclusiva cobre cerca de 4,4 milhões de quilômetros quadrados. É para estar, a tempo e a hora, presente em qualquer ponto dessa vastidão oceânica, que se necessita de um submarino nuclear. Mais ainda, os interesses do Brasil, no mar, não terminam nos limites da Amazônia Azul. Eles se estendem a qualquer lugar onde um navio navegue sob nossa bandeira, cuja proteção é dever inalienável do Estado Brasileiro.

Essa, a importância estratégica da construção do submarino nuclear.

II. O SALTO TECNOLÓGICO

Um dos aspectos mais notáveis do programa de construção do submarino de propulsão nuclear diz respeito ao salto tecnológico a ser vivido pelo País, em função da transferência de tecnologia, que garantirá ao Brasil a capacidade de desenvolver e construir seus próprios projetos no futuro.

Para facilidade de entendimento, o projeto, em linhas gerais, seguirá o seguinte esquema básico:

1) Transferência de Tecnologia de Projeto de Submarinos

a) Ao entrar em eficácia o contrato, serão enviados, para a França, alguns projetistas navais brasileiros que, juntamente com os franceses, ao longo de um ano, introduzirão ajustes no projeto do submarino convencional brasileiro (S-BR) (versão nacional do modelo “Scorpène” francês), para que este venha a atender determinados requisitos operacionais da MB, relativamente a maior autonomia e a maiores intervalos entre os períodos de manutenção. Isso tornará suas características mais compatíveis com as vastidões do Atlântico Sul;

b) A partir de seis meses depois da data de eficácia do contrato, serão enviados à França outros engenheiros navais brasileiros, que farão cursos de 18 meses de projeto, culminando com um trabalho constituído de um projeto real de submarino convencional, depois de retornarem ao Brasil;

c) Um pequeno grupo de engenheiros fará estágios de três anos na Empresa “Thales”, fabricante do sistema de combate do submarino (sonares, direção de tiro, etc ), onde receberão toda a tecnologia necessária ao desenvolvimento e manutenção do sistema;

d) Da mesma forma, teremos engenheiros que permanecerão dois anos na fábrica de torpedos, para absorção de tecnologia de projeto; e

e) Depois do retorno do segundo grupo (alínea b), engenheiros e técnicos franceses permanecerão no Brasil por cinco anos, participando do desenvolvimento do projeto do primeiro submarino nuclear brasileiro. Observação: a parte referente ao reator nuclear e seu compartimento será de responsabilidade do Brasil.

2) Transferência de Tecnologia de Construção de Submarinos

a) O submarino é construído em 4 seções. A primeira seção do primeiro submarino será construída no estaleiro de Cherbourg, na França, com a participação da equipe de construção de submarinos do AMRJ, que absorverá os métodos, normas e processos franceses de construção, algo diferente do sistema alemão, a que já estão acostumados;

b) De volta ao Brasil, esse grupo constituirá o núcleo de transferência de tecnologia para a Sociedade de Propósito Específico (SPE), que será constituída para operar o novo estaleiro para a fabricação dos novos submarinos; e

c) Depois dessa fase, o grupo atuará, pela MB, como fiscais das obras e garantidores do controle de qualidade.

3) Transferência de Tecnologia Mediante a Nacionalização

a) Cerca de 20 por cento de todo o material a ser empregado nos submarinos serão produzidos no Brasil, inclusive sistemas complexos. São cerca de 36.000 itens a serem fabricados aqui;

b) No curso das negociações, ficou acertado que tudo o que pudesse ser produzido no Brasil, a custo equivalente ou inferior ao da França, seria fabricado aqui. Caso o produto já fosse comercializado, seria simplesmente adquirido e incorporado ao conjunto de materiais. Caso contrário, a tecnologia de produção seria transferida à empresa selecionada, que, então, o fabricaria; e

c) Nesse processo, desde o início, a MB adotou a postura de não indicar qualquer empresa. Caberia aos franceses selecioná-las, de acordo com critérios próprios, qualificá-las e homologá-las. A MB não privilegiaria ou rejeitaria qualquer empresa, evitando intermináveis controvérsias futuras. De outra forma, caberia abrir uma licitação pública, para o processo seletivo que, no mínimo, demoraria demasiado, dada a quantidade de recursos e embargos legalmente possíveis de ser interpostos por empresas desqualificadas ou perdedoras.

O resultado foi tão bom que, de um universo inicial de mais de duzentas empresas, a França já selecionou e está negociando com mais de trinta, e há outras dezenas de candidatas.

Em linhas bastante gerais, esse será o processo de transferência de tecnologia. Entretanto, o que vai aqui descrito em poucas linhas, ocupa mais de 300 páginas de um anexo específico do contrato firmado entre as partes.

III. O DESENVOLVIMENTO DE UMA INDÚSTRIA NACIONAL DE DEFESA

Em todos os países desenvolvidos, existe uma indústria de defesa, responsável pelo desenvolvimento e construção do material bélico, atendendo aos requisitos estabelecidos pelos Ministérios da Defesa e Estados-Maiores das respectivas Forças Armadas. As próprias Forças desenvolvem, em alguns casos, protótipos daquilo que desejam, mas a produção cabe sempre à indústria.

Países que não possuem tal parque industrial específico, veem-se na contingência de importar material fabricado por outros, segundo especificações que poderão atender no todo ou em parte suas necessidades e, em lugar do custo, pagarão o preço, muitas vezes, político, do produto.

O Brasil vive uma situação intermediária, segundo a qual adquire meios usados, em compras de oportunidade, ou constrói meios novos, mediante aquisição do direito de uso do projeto, como aconteceu no Arsenal da Marinha no Rio de Janeiro (AMRJ), no caso das Fragatas Classe Niterói (modelo Vosper MK-10, britânico) e dos Submarinos Classe Tupi e Tikuna (modelo IKL-209, alemão).

No caso dos novos submarinos, inclusive nucleares, em lugar da construção se dar no AMRJ, ocorrerá em um novo estaleiro dedicado, atendendo a todos os requisitos ambientais e de controle de qualidade para a construção de um submarino nuclear, como é prática entre os poucos países que os fabricam. A operação desse estaleiro ficará a cargo de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), formada pelo Consórcio Construtor, isto é, as Empresas “Direction des Constructions Navales Services” (DCNS) e ODEBRECHT (parceira selecionada pela DCNS) e o Governo Federal, representado pela Marinha, que possuirá uma ação, no valor simbólico de 1% que, no entanto, constituirá uma “Golden Share”, conferindo-lhe o poder de veto sobre eventuais decisões com as quais não esteja de acordo. Ficam, então, criadas as condições necessárias para o desenvolvimento de uma indústria nacional de defesa, particularmente com o elevado e crescente índice de nacionalização pretendido.

IV. CONCLUSÃO

Não há dúvida de que, como País, o Brasil está no limiar de uma nova era.

Durante a Guerra Fria, com sua característica bipolaridade, a importância estratégica de um país periférico estava diretamente associada às possíveis consequências de sua adesão ao outro bloco, o que só teria real significado em função de sua localização geográfica em áreas estratégicas ou da disponibilidade de determinadas matérias-primas. Não era o caso do Brasil que, durante a segunda metade do século XX, encontrava-se fora do eixo estratégico do mundo. Na década que se seguiu à bipolaridade, houve um período de transformações, indefinições, globalização, que pouco alteraram a nossa situação.

Entretanto, neste início de século XXI, inaugurado com o ataque às torres do World Trade Center e com a presente crise financeira internacional, cujos desdobramentos ainda não estão suficientemente claros, parece haver uma mudança no eixo estratégico do mundo, de modo a envolver mais profundamente o Brasil. Ainda que, ao final dessa crise, reste apenas uma superpotência militar, os Estados Unidos da América (EUA) como de resto, parece certo, em outras dimensões deverá haver alguma redistribuição de poder, particularmente na área financeira, com a entrada em cena de atores que ganharam peso e passaram a influenciar a economia, as finanças e o comércio mundiais, como o Brasil, a Rússia, a Índia, a China (conhecidos como BRIC) e a Coréia do Sul, por exemplo. Com isso, o Brasil adquire maior importância, deslocando-se da periferia para mais próximo do centro.

Há outros fatores, relacionados à escassez de determinadas matérias-primas e produtos, que parecem acentuar ainda mais essa força gravitacional que nos arrasta para o centro, posto que, em larga medida, as soluções envolvem significativamente o Brasil.

A primeira delas é a água doce, que vem se tornando um dos bens mais escassos do mundo, com reflexos na produção de alimentos e ensejando conflitos entre nações. Em determinadas áreas, como o Oriente Médio e a África, já é motivo de contendas. Enquanto isso, o Brasil concentra, em rios, em torno de 12% da água doce do mundo (sem contar lençóis freáticos), além de abrigar o maior rio em extensão e volume do planeta, o Amazonas.

Diretamente ligado ao problema da água, há a questão da escassez de alimentos. Ora, mais de 90% do território brasileiro recebe chuvas abundantes, durante o ano, e as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma extensa e densa rede de rios, o que, associado à abundância do sol tropical, contribui para uma agricultura de produção em grande escala, realmente capaz de tornar o Brasil um dos grandes produtores mundiais.

Outra crise que já se faz aguda é a energética. A despeito da momentânea queda do preço do petróleo, sua escassez, em breve, deverá restabelecer o quadro anterior ao atual. Durante o século XX, fomos importadores, com graves consequências em nossa balança de pagamentos e da economia nacional. Hoje, além de vivermos relativa auto-suficiência, criamos uma nova realidade no cômputo das reservas mundiais, com o descobrimento do óleo existente no pré-sal.

Ainda no contexto energético, de uns anos para cá, a energia nuclear passou a ser considerada “uma forma de energia limpa”, por não contribuir para o efeito estufa. E o Brasil possui consideráveis reservas de urânio e domina o seu processo de enriquecimento.

Como se não bastasse, somos detentores de tecnologia de ponta, temos solo, clima e sol em abundância, para a produção de biocombustíveis.

Finalmente, mas não por último, temos a Amazônia, permanentemente em foco, quer por sua biodiversidade, quer por sua influência sobre o clima mundial e, sobre a qual, a soberania brasileira não aceita contestações e que representa um enorme compromisso nacional em preservá-la, coibindo qualquer devastação.

Como se observa, o Brasil periférico da segunda metade do século XX não existe mais. O Brasil do século XXI ocupa uma posição mais próxima dos pólos estratégicos do mundo, o que significa que, cada vez mais, independentemente de sua vontade, ver-se-á, com alguma frequência, envolvido por turbulências mundiais.

Em face disso, será indispensável dispor de meios suficientes, capazes de tornar a via diplomática mais atraente, para a solução de controvérsias, do que o caminho da pressão inaceitável, da ameaça ou da imposição.

Nesse particular, a posse de submarinos nucleares é apenas um primeiro passo. O dimensionamento das Forças Armadas não poderá ficar em descompasso com a grandeza e o significado econômico do País no concerto das nações, sob pena de privarmos as gerações futuras de um porvir à altura da História da Nação.

Em resumo, essa análise apresenta, na visão da Marinha, a importância da construção do submarino de propulsão nuclear brasileiro.


Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto
Comandante da Marinha do Brasil


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Iris escribió:Es una forma de la MB, de tratar de justificar ante el pueblo, las grandes sumas de dinero, que van a precisar y que dejarán de poder usar para las necesidades y urgencias sociales que tanto necesita la sociedad brasileña con una altísima tasa de pobreza. Saludos.


No es así. Los programsa sociales del gobierno vienen siendo cumplidos, y ningun corte de verba es direcionado de programas sociales, saude y educacion para las Fuerzas Armadas.

Mire que la mejora social de Brasil es inegable, Su PIB alcanza altos rangos y la defensa de nuestra sociedad y de las nuetras riquesas es un fato de total importancia.





Saludos


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Iris escribió:Es una forma de la MB, de tratar de justificar ante el pueblo, las grandes sumas de dinero, que van a precisar y que dejarán de poder usar para las necesidades y urgencias sociales que tanto necesita la sociedad brasileña con una altísima tasa de pobreza. Saludos.


Por favor, não comente sobre algo que não conhece.

Todos os índices sociais Brasileiros vem melhorando substancialmente. Não falta dinheiro para a área social, muito pelo contrário, os investimentos só vem almentando.

Como todo país sério, o Brasil possui um orçamento aprovado todos os anos que contempla os investimentos do país em distintas áreas (me espanta que você, cidadão europeu aparentemente não saiba disso) o que significa que recursos de uma área não podem ser destinados a outras.


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Iris escribió:
Brasil escribió:
Iris escribió:Es una forma de la MB, de tratar de justificar ante el pueblo, las grandes sumas de dinero, que van a precisar y que dejarán de poder usar para las necesidades y urgencias sociales que tanto necesita la sociedad brasileña con una altísima tasa de pobreza. Saludos.


No es así. Los programsa sociales del gobierno vienen siendo cumplidos, y ningun corte de verba es direcionado de programas sociales, saude y educacion para las Fuerzas Armadas.

Mire que la mejora social de Brasil es inegable, Su PIB alcanza altos rangos y la defensa de nuestra sociedad y de las nuetras riquesas es un fato de total importancia.





Saludos



.- Su PIB , per cápita es bajísimo:

9.700 U.S.$, per cápita al año.

http://indexmundi.com/map/?v=67&l=es

Brasil ocupa uno de los lugares más bajos del mundo (el puesto 95), luego ya me dirá, el SR. forista Brasil, de dónde ha sacado sus afirmaciones.

http://indexmundi.com/g/r.aspx?v=67&l=es

.- Saludos.


PIB per capita baixíssimo? :lol:
o PIB per capita Brasileiro em 2008 foi de US$ 10,050 .

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%
ADses_por_PIB_nominal_per_capita

Isso aqui é um Pib per capita baixíssimo:

- Rússia US$ 5,341

- Turquia US$ 4,689

- China US$ 1,411

- Índia US$ 1,068

- Paquistão US$ 1,051

Todos esses países (4 deles potências nucleareas) gastam infinitamente mais que o Brasil em "defesa" e tem PIB per cápita MUITO mais baixo que o Brasil e muito mais problemas sociais.

Trate de melhorar seus argumentos antes de tentar ridicularizar um país. :wink:
Última edición por Sniper BR el 09 Abr 2009, 19:28, editado 1 vez en total.


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Mensaje por Sniper BR »

Iris escribió:
Sniper BR escribió:
Iris escribió:
Brasil escribió:
Iris escribió:Es una forma de la MB, de tratar de justificar ante el pueblo, las grandes sumas de dinero, que van a precisar y que dejarán de poder usar para las necesidades y urgencias sociales que tanto necesita la sociedad brasileña con una altísima tasa de pobreza. Saludos.


No es así. Los programsa sociales del gobierno vienen siendo cumplidos, y ningun corte de verba es direcionado de programas sociales, saude y educacion para las Fuerzas Armadas.

Mire que la mejora social de Brasil es inegable, Su PIB alcanza altos rangos y la defensa de nuestra sociedad y de las nuetras riquesas es un fato de total importancia.





Saludos



.- Su PIB , per cápita es bajísimo:

9.700 U.S.$, per cápita al año.

http://indexmundi.com/map/?v=67&l=es

Brasil ocupa uno de los lugares más bajos del mundo (el puesto 95), luego ya me dirá, el SR. forista Brasil, de dónde ha sacado sus afirmaciones.

http://indexmundi.com/g/r.aspx?v=67&l=es

.- Saludos.


PIB per capita baixíssimo? :lol:

Isso aqui é baixíssimo:

- Rússia US$5,341

- Turquia US$4,689

- China US$1,411

- Índia US$1,068

- Paquistão US$1,051

Todos esses países (4 deles potências nucleareas) gastam infinitamente mais que o Brasil em "defesa" e tem PIB per cápita MUITO mais baixo que o Brasil e muito mais problemas sociais.

Trate de melhorar seus argumentos antes de tentar ridicularizar um país. :wink:


Pues todo lo potencias nucleares que quieras, pero "paises pobres", al fin y al cabo. Saludos.

P.D. ah, y nada más lejos de querer ridiculizar a nadie y menos a un pais, simplemente es poner los puntos sobre las íes y decir lo que es y como es, si no no haría falta que la MB, tratase de justificar dichas inversiones y dicho proyecto, se hace sin más y ya está , sobrarían explicaciones, ¿comprendido?, gracias.

Ah, la renta o PIB per cápita de Rusia no es el que has dicho, si no de más de 14.600 U.S.$ per cápita al año.
Aquí te dejo la información , pues parece te hace falta:

http://indexmundi.com/g/r.aspx?v=67&l=es


como você relaciona então gastos com defesa a pobresa? :conf: :roll:


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Re: la MB, sigue comprando buques de segunda.

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Iris escribió:Imagen



T-63 Goajira, de la armada venezolana. Lo que tieve que ver con esto?










El verdadero RFA SIR BEDIVERE




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Brasil

Mensaje por Brasil »

Iris escribió:Pues estimado Brasil, díselo a los editores de ésto:

http://www.foromil.com.ar/index.php?opt ... mitstart=0

.- Saludos.


Es buen senso postear las cosas correctamiente. Así como he visto noticias del Soper Cougar con la foto del Apache, es buen senso comnfirmas las informaciones.


Saludos!


AD ASTRA PER ASPERA
PRick
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Mensaje por PRick »

El verdadero NDCC Almirante Saboia G-25, ex-RFA Sir Bedivere

Imagen

El NDCC Garcia D´avila G-29, ex-RFA Sir Galahad II

Imagen

[]´s
Última edición por PRick el 10 Abr 2009, 15:11, editado 1 vez en total.


PRick
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Mensaje por PRick »

Hola,

Confirmó más 04 Patrulha de Navios del Classe M (Vigilante)

Imagen


DIRETORIA DE ENGENHARIA NAVAL
AVISO DE LICITAÇÃO
CONCORRÊNCIA No- 63007.000001/2008-70
Construção de quatro Navios-Patrulha (NPa), para a MARINHA,
que ora passam a ser denominados, respectivamente, 3º, 4º,
5º e 6º NPa, com todos os seus sistemas, subsistemas, equipamentos,
equipagens, componentes, acessórios e instrumentos; ABERTURA
DA DOCUMENTAÇÃO DE HABILITAÇÃO: dia 15/04/2009 às
14:00 horas; Local: Rua Primeiro de Março, 118 - 6º a n d a r.
ALBERTO DUMONT PINTO FERREIRA
Presidente da Comissão Especial de Licitação
Última edición por PRick el 11 Abr 2009, 01:42, editado 1 vez en total.


badghost
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Mensaje por badghost »

Brasil exporta a Namibia su primer patrullero construido por un astillero civil por 23 millones de dólares y con un desplazamiento máximo de sólo 239 toneladas.



¿Hay alguna imagen o link para el deleite del público?

Saludos cordiales :cool:


Para que los malos ganen, basta que los buenos no hagan nada...
Sniper BR
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Mensaje por Sniper BR »

Segue o link da INACE, estaleiro que construi os navios:

http://www.inace.com.br/novo/?pagina=categorias&id=11

Abraços!


"VER OS OLHOS DO INIMIGO É IMPORTANTE,
PORÉM DEVEMOS ESTAR PREPARADOS
PARA FAZÊ-LOS FECHAREM-SE."
PRick
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Mensaje por PRick »

Hola,

Sobre el Porta Aviões São Paulo es necesario make clear la reforma era poner la embarcación en las agente condiciones, no era una reparación o upgrade. Sin embargo, con el descisão de comprar Rafales M F-1 (ya se ofrecer y un hallazgo guardado en I lo aguarda de la decisión) o F-18A/C, la reforma de la embarcación poner en marcha de la que ser una reparación, con la versión actualizada catapultas y sistemas electrónicos, cambia y las reformas de las teteras, las turbinas, de las que hachas, generar grupos, pusieron en forma aire, el sistema naval (Senit 8.01 para la gota a gota de Siconta MK IV) los datos tácticos...

La elección de la aeronave está aguardando la decisión de Programa FX-2, me caso con Rafale o Gripen es escogido, la marina brasileña comprará de Rafales F-1, en caso de que F - 18E sea el elegido, serán comprar f- 18A / C.

[]´s


Sniper BR
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Mensaje por Sniper BR »

PRick, eu fico abismado como algumas pessoas do outro lado do oceano são mais bem informadas que oficiais da MB e pessoas que convivem diariamente com o navio.

Existem dezenas de vídeos mostrando a operação do A-12 com o Rafale embarcado. Até a própria Boeing já afirmou que ´´e possível operar o F-18 embarcado no A-12. Mas algumas pessoas insistem em dizer o contrário.


"VER OS OLHOS DO INIMIGO É IMPORTANTE,
PORÉM DEVEMOS ESTAR PREPARADOS
PARA FAZÊ-LOS FECHAREM-SE."

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