Programa FX-2 de cazas para Brasil
- __DiaMoND__
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ya estamos en septiembre fecha para el cual fue peloteado la decicion final de fx-2
no hay grandes cambios de los ofertantes salvo los de gripen quien a mejorado su oferta.
creo que el dia de la decisión se corrio para que coincidiera con la visita de sarkozy a brasil en Septiembre.
no creo que los anticuados mirage 2000 sean los primeros en irse de baja creo que almenos son mas modernos que los f-5
no hay grandes cambios de los ofertantes salvo los de gripen quien a mejorado su oferta.
creo que el dia de la decisión se corrio para que coincidiera con la visita de sarkozy a brasil en Septiembre.
no creo que los anticuados mirage 2000 sean los primeros en irse de baja creo que almenos son mas modernos que los f-5
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__DiaMoND__ escribió:ya estamos en septiembre fecha para el cual fue peloteado la decicion final de fx-2
no hay grandes cambios de los ofertantes salvo los de gripen quien a mejorado su oferta.
creo que el dia de la decisión se corrio para que coincidiera con la visita de sarkozy a brasil en Septiembre.
no creo que los anticuados mirage 2000 sean los primeros en irse de baja creo que almenos son mas modernos que los f-5
O Brasil atrasou a decisão para evitar especulações acerca da visita do presidente francês por ocasião do 7 de setembro, dia da independência.
Nada mais.
João Mendes.
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- __DiaMoND__
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Em entrevista a TV francesa, Lula confirma que Rafale está no páreo
A entrevista será transmitida pela TV 5 neste domingo (6), um dia antes da chegada ao Brasil do presidente francês, Nicolas Sarkozy, marcada para segunda-feira (7). A Agência Brasil acompanhou a conversa do presidente com os jornalistas franceses.
Um dos principais temas do encontro entre Lula e Sarkozy será a colaboração militar. O presidente confirmou que os franceses estão no páreo para vender 36 caças Dassault Rafale à Força Aérea Brasileira, um negócio que pode ultrapassar R$ 5 bilhões.
Lula ressaltou, no entanto, que vencerá quem repassar tecnologia para o Brasil. “Não podemos comprar um caça que a gente não detenha a tecnologia. Até porque sonhamos em produzir partes desse avião”, disse, numa clara referência à Embraer.
FONTE: Agência Brasil
saludos
A entrevista será transmitida pela TV 5 neste domingo (6), um dia antes da chegada ao Brasil do presidente francês, Nicolas Sarkozy, marcada para segunda-feira (7). A Agência Brasil acompanhou a conversa do presidente com os jornalistas franceses.
Um dos principais temas do encontro entre Lula e Sarkozy será a colaboração militar. O presidente confirmou que os franceses estão no páreo para vender 36 caças Dassault Rafale à Força Aérea Brasileira, um negócio que pode ultrapassar R$ 5 bilhões.
Lula ressaltou, no entanto, que vencerá quem repassar tecnologia para o Brasil. “Não podemos comprar um caça que a gente não detenha a tecnologia. Até porque sonhamos em produzir partes desse avião”, disse, numa clara referência à Embraer.
FONTE: Agência Brasil
saludos
- ICBM44
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ICBM44 escribió:Eso ya estaba claro desde el mismo dia que se adquirieron mirage2000 , era casi seguro que seria el Rafale el proximo caza de la FAB.
Y cada dia se confirma un poquito mas que el Rafale sera el nuevo caza de brasil , sera el F3???
si.
aunque como se espera los primeros cazas para el 2014, no se si tendrian algun version mas moderna.
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Iris escribió:Pues es "vox populi", que los aviadores brasileños (informados de las magnificencias del gripen, por sus colegas sudafricanos), prefieren dicho avión sueco.
Pero está claro que los que deciden (políticos), pues se inclinan más por la decisión política (por las transferencias tecnológicas, para aviones como para submarinos), que es por el Rafale francés:
http://www.defesanet.com.br/blog/2009/0 ... encia-pelo
.- Saludos.
Iris, esse "vox populi" não existe. Não passa de um "lobby populi".
Só faltam me dizer que fizeram uma "grande pesquisa" com todos os aviadores envolvidos no processo e que o Gripen ganhou a preferência.
João Mendes.
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Exclusivo: DB entrevista Jean-Marc Merialdo, Diretor da Dassault no Brasil
Escrito por Defesa Brasil
Sex, 04 de Setembro de 2009 14:25
Empresa aposta no bom relacionamento entre os governos brasileiro e francês e no amplo pacote de transferência de tecnologia para vencer com o Rafale no Projeto F-X2.
Vinicius Pimenta
Quando o Projeto F-X2 foi oficialmente lançado, em maio de 2008, o caça francês Rafale logo despontou como um dos favoritos na disputa para o fornecimento de 36 novas aeronaves de combate para a Força Aérea Brasileira. Pouco mais de um ano depois, com o final da concorrência se aproximando, a proposta se consolidou com o aprofundamento das relações entre o Brasil e a França e o grand finale parece apontar para a primeira vitória do caça da Dassault em uma concorrência internacional.
Dassault Rafale.
Além das capacidades técnicas da aeronave, o favoritismo do Rafale era explicado pela parceria estratégica que os governos do Brasil e da França estavam estabelecendo. O ponto de partida havia sido a assinatura do Acordo de Status das Forças (SOFA), em janeiro daquele ano, o primeiro da França com um país fora da OTAN. De lá pra cá foram fechados dois bilionários negócios: o fornecimento de 51 helicópteros EC-725 Super Cougar e o acordo para a construção de submarinos Scorpène, um novo estaleiro e a transferência de tecnologia para o submarino nuclear brasileiro. No campo diplomático, a França também passou a apoiar o Brasil na luta por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Se havia alguma dúvida desse favoritismo, ela foi dissipada de vez nesta quinta-feira (03/09) pelo próprio Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva: "A França se mostrou como o país mais flexível na questão da transferência de tecnologia, e obviamente essa é uma vantagem comparativa excepcional", afirmou.
Disposto a evitar o clima de “já ganhou”, o Diretor da Dassault International do Brasil, Jean-Marc Merialdo, prefere não considerar o Rafale um favorito político. “Não se trata de um favoritismo, mas de um traço do bom relacionamento há longo prazo entre os governos brasileiro e francês”, despistou.
Dassault Rafale.
Se por um lado esses ingredientes trouxeram vantagens ao Rafale, também levantaram algumas questões entre especialistas e militares. Entre elas, a de que o Brasil estaria se tornando perigosamente dependente de um único fornecedor. Outro ponto negativo apontado é a ausência de clientes externos da aeronave. “Posso afirmar que vencemos concorrências técnicas pelo mundo, mas no final fomos descartados por questões políticas, como no caso da Coréia do Sul, por exemplo”, rebate Merialdo.
Para tentar diminuir a dependência dos fornecedores externos, o governo brasileiro tem cobrado um pesado programa de transferência de tecnologia. A ênfase dada ao tema pelo Brasil é talvez até maior do que pela própria capacidade de combate das aeronaves concorrentes. Sobre esse assunto, Jean-Marc Merialdo é direto: “O governo francês, já autorizou a transferência de tecnologia total. É uma decisão promulgada pelo poder executivo francês e é irrevogável, não necessita de outras autorizações”, afirmou.
Jean-Marc Merialdo ainda ressaltou o fato de que o Rafale é uma aeronave em início de linha de produção, com perspectiva de mais de 30 anos de uso. “[O Rafale] Não é um upgrade de uma aeronave antiga, nem um projeto que está só no papel”, completou.
Em entrevista exclusiva ao Defesa Brasil, Jean-Marc Merialdo falou mais sobre a proposta francesa ao país, transferência de tecnologia e as razões para o suposto favoritismo francês na disputa.
Leia a íntegra da entrevista:
Defesa Brasil - A Dassault afirma que assinou acordos de cooperação com 38 entidades e indústrias brasileiras, em um total de 65 projetos. É possível listar ou indicar os principais projetos e empresas com as quais a Dassault já tem algum tipo de entendimento? O que já foi conversado com a Mectron, Embraer, Avibras, Atech, Aeroeletrônica, entre outras?
Jean-Marc Merialdo - Gostaria de ressaltar que o primeiro passo na questão da transferência de tecnologia foi dado pelo governo francês, que já autorizou a transferência de tecnologia total. É uma decisão promulgada pelo poder executivo francês e é irrevogável, não necessita de outras autorizações.
A fabricação do Rafale irá envolver 38 empresas brasileiras, num total de 65 projetos de cooperação no país. Já foram assinados pela Rafale International 39 Memorandos de Entendimentos (MOU) com parceiros brasileiros. No total, a transferência de tecnologia cobrirá muito mais de 100% do valor de contrato. Segundo a proposta francesa, a parceria deverá extrapolar a área militar, contribuindo com o desenvolvimento da indústria aeroespacial brasileira. As novas tecnologias adquiridas proporcionarão a suas beneficiárias a chance de entrar em novos mercados e negócios, assim aumentando ou mantendo sua receita em larga escala.
A previsão é de que sejam gerados 29 mil empregos nos dez anos seguintes à aquisição do Rafale pelo Projeto FX-2. Serão 3500 empregos diretos e 11500 empregos indiretos com as atividades de fabricação. Além disso, a criação de subprodutos provenientes da demanda da Aeronáutica poderá gerar 4500 empregos diretos e 9500 empregos indiretos.
No caso da Embraer, por ser a principal indústria aeroespacial brasileira, terá total expertise e autonomia para liderar e realizar adaptações e aperfeiçoamentos futuros na aeronave Rafale e seus sistemas. A EMBRAER tem a proposta de, também, instalar uma linha de montagem local para o Rafale. A parceria estratégica firmada entre a equipe Rafale e a Embraer se estenderá a outros programas aeronáuticos, incluindo, por exemplo, a transferência de tecnologia no campo do domínio chave e altamente sensível dos Sistemas Digitais de Controle Voo (DFCS). É importante destacar que as tecnologias DFCS são dominadas por pouquíssimas empresas no mundo e desejadas por muitas.
DB - A Dassault ainda possui 1% das ações da Embraer. Isso é algo que tem alguma influência na proposta atual ou nas possibilidades de parceria?
JM - Acreditamos que a Embraer será a grande parceira, independente de quem for o escolhido pelo Governo Brasileiro. A capacidade da Embraer faz dela um parceiro certo na operacionalização de nossa proposta de cooperação e transferência de tecnologia. Nossa participação acionária na empresa, ainda que não ajude, certamente não atrapalha nossa participação no programa FX2.
DB - Em entrevista anterior a um jornal o Sr. afirmou que a Dassault deixou em aberto uma proposta de linha de montagem do Rafale F3 no Brasil. Que componentes seriam produzidos no Brasil? Qual o índice de nacionalização previsto? Em caso de lotes posteriores, seria possível aumentar ainda mais a quantidade de componentes produzidos no país? O que for feito no Brasil seria apenas para os Rafale da FAB ou para todo o programa, valendo para todos os Rafale produzidos, agora e no futuro?
JM - Com o RAFALE, não estamos oferecendo uma aeronave, um produto de ‘prateleira’, mas sim um programa de transferência de tecnologia total que inclui treinamento e aperfeiçoamento da indústria brasileira para receber a tecnologia oferecida e o acesso aos códigos-fonte. Como eu já disse, nossa proposta ao Governo Brasileiro prevê mais de 100% de transferência de tecnologia, o que inclui aperfeiçoamento da indústria brasileira para absorção das tecnologias de produção da aeronave, que poderão gerar subprodutos a serem explorados pelas empresas.
Posso citar o caso da Embraer, que terá total autonomia para liderar e realizar adaptações e aperfeiçoamentos futuros na aeronave RAFALE e seus sistemas. Isso levará a empresa a adquirir capacidades e conhecimento para realizar, de modo autônomo no futuro, o projeto da próxima geração de caças brasileiros. A Embraer tem a proposta de, também, desempenhar um papel chave na transferência da fabricação do Rafale para o Brasil, a partir de peças estruturais essenciais da aeronave (ex. asa) até chegar a uma linha de montagem local para o RAFALE, iniciando o primeiro lote de aeronaves F-X2.
DB - Em relação aos motores, há o histórico de problemas com a operação dos antigos Mirage III pela FAB, cujas turbinas precisavam ser enviadas para manutenção na França e não raro havia algumas complicações nesse processo. Essas dificuldades foram superadas com os atuais Mirage 2000C? Haveria alguma possibilidade de produção dos Snecma M88-2 do Rafale no Brasil, na Turbomeca ou em outra empresa, ou ao menos sua capacitação para o overhaul desses motores no país?
JM - Os Mirage 2000 operam com sucesso na Base de Anapolis e tem, até a gora, a melhor disponibilidade de todas as frotas da FAB. A Snecma acaba de construir, na base, um banco de teste para os motores M-53. No que diz respeito ao motor do Rafale, esta prevista, no âmbito do programa de transferência de tecnologia, a capacitação de empresas brasileiras, para que elas assegurassem a manutenção dos motores.
DB - Caso vencedor no Brasil, haverá diferenças entre os Rafale F3 da Armée de l’Air e os da FAB? Caso positivo, quais?
JM - O avião proposto ao Brasil é igual ao avião em serviço na Armée de l'Air francesa. Como oferecemos ao Brasil um pacote de cooperação tecnológica, o avião produzido pela indústria brasileira poderá sofrer adaptações para atender as necessidades do país.
DB - Atualmente há poucos armamentos não franceses integrados ao Rafale F3. Um dos pontos-chave das exigências do Brasil é o acesso à partes do código-fonte da aeronave que permitiriam a integração no país de armamentos nacionais ou da procedência escolhida. A Dassault incluiu essa possibilidade na proposta e já tem todas as autorizações necessárias para isso?
JM - Nossa proposta ao Governo Brasileiro inclui acesso aos códigos-fonte. Vale ressaltar que não vamos apenas ceder os códigos-fonte, mas vamos treinar e aperfeiçoar a indústria brasileira na produção desta tecnologia. Esta transferência de tecnologia também já está garantida pelo governo francês e, pelo sistema francês, não há necessidade de outra autorização para implementá-la.
DB - O radar atual que equipa os Rafale franceses é o Thales RBE2 PESA, desenvolvido na década de 1990, e que recebe algumas críticas por conta do alcance de detecção limitado. Para o Brasil, a Dassault oferece a versão RBE2-AA AESA, com a promessa de ser um dos mais avançados da classe. O RBE2-AA tem previsão de ficar pronto apenas em 2012. Esse prazo é suficiente para a entrega ao Brasil em 2014, considerando o tempo de produção e eventuais entregas à Marine Nationale e Armée de L’Air? Como garantir que as capacidades do novo radar não fiquem abaixo do planejado?
JM - O radar RBE2 AESA já está voando em alguns RAFALE e entrará em serviço nas forças armadas francesas em 2012. Caso o RAFALE venha a ser escolhido como o futuro avião de caça da FAB, os aviões serão entregues já equipados com o novo radar AESA.
DB - Há alguma proposta de transferência de tecnologia referente ao RBE2-AA? Qual seria a autonomia do Brasil na manutenção e adequação do radar?
JM - A proposta francesa prevê transferência de tecnologias em todas as áreas. Empresas brasileiras serão capacitadas para fazer a manutenção do radar no país.
DB - O sistema de guerra eletrônica SPECTRA é um dos mais avançados do mundo e está incluído na oferta. Até que ponto o Brasil terá acesso à sua tecnologia, de modo a adequá-la às necessidades que fossem surgindo?
JM - A proposta francesa prevê transferência de tecnologias em todas as áreas. A FAB tera os meios necessários para otimizar seu emprego e empresas e entidades brasileiras serão capacitadas para adequar o sistema às necessidades do país.
DB - Quais foram os armamentos ar-ar oferecidos? As versões dos mísseis MICA IR e MICA EM, da MBDA, constam no pacote? Qual armamento está sendo oferecido para combater objetivos terrestres? O SCALP está incluído?
JM - A França está oferecendo um avião RAFALE igual ao que está em serviço na Força Aérea francesa. Portanto não há restrições para exportar para o Brasil todo o armamento qualificado no avião, que constituirá com ele um poderoso conjunto a serviço da nação brasileira.
DB - Atualmente o Rafale está em operação apenas na França, seu país de origem. Quais motivos que a Dassault considera que contribuíram para essa dificuldade de exportação? Por que seria diferente agora para o Brasil? O Sr. considera um problema a falta de mais clientes externos para a operação futura da frota de Rafale?
JM - Posso afirmar que vencemos concorrências técnicas pelo mundo, mas no final fomos descartados por questões políticas, como no caso da Coréia do Sul, por exemplo. E estamos participando de algumas concorrências com boas chances, como o caso da Índia, onde fomos selecionados para a segunda fase, a de testes das aeronaves. Além disso, a Armée de L’Air já encomendou aeronaves Rafale para substituir toda a sua frota nos próximos anos.
Vale ressaltar que o Rafale é uma aeronave madura: está em início de linha de produção, com perspectiva de mais de 30 anos de uso, e, mesmo sendo uma aeronave nova, já foi testada e aprovada em combate. Não é um upgrade de uma aeronave antiga, nem um projeto que está só no papel.
DB - Comenta-se nos bastidores que a proposta da Dassault poderia incluir uma possibilidade de venda ao Brasil de um lote de 8 Rafale F1, atualmente estocados na França, para serem operados pela Marinha do Brasil a partir do porta-aviões São Paulo. Fala-se inclusive que uma comissão da Marinha brasileira já teria ido à França conhecer melhor essas aeronaves. Há realmente alguma conversa nesse sentido? Poderia ser uma possibilidade futura?
JM - A DASSAULT não possui nem incluiu nenhum lote de aviões usados na sua proposta.
DB - O Rafale é tido como o “favorito político” do Projeto F-X2 e conta com a preferência pessoal do Ministro da Defesa Nelson Jobim e do próprio Presidente Lula. A que podemos atribuir esse favoritismo e como trazê-lo para o campo técnico-operacional, tornando o Rafale o favorito também da Força Aérea Brasileira?
Não se trata de um favoritismo, mas de um traço do bom relacionamento há longo prazo entre os governos brasileiro e francês. Como demonstrado durante visitas oficiais de membros do governo francês ao Brasil, a França tem total interesse em ampliar suas relações estratégicas com o país, não só no setor de defesa.
Quanto aos critérios da FAB, acreditamos que a análise técnica será cuidadosa, que irá considerar todos os prós e contras dos três concorrentes, sem restrições. Estamos confiantes na escolha do Governo Brasileiro por uma aeronave de combate apta a atender todas as necessidades técnicas e geopolíticas do Brasil e por um programa de parceria que inclui total transferência de tecnologia.
DB - Qual é o diferencial da proposta da Dassault? Por que o Brasil deveria escolher o Rafale F3?
JM - O diferencial é aliar uma aeronave que atende as necessidades técnicas e geo-políticas do Brasil com um vasto e irrestrito projeto de cooperação tecnológica. O Rafale é uma aeronave de combate multiuso, para todos os tipos de ações - defesa e ataque, alertas de reação rápida, missões ar-ar, ar-mar, ar-solo, projeção de poder, missões de reconhecimento e treinamento para pilotos. É um caça bi-reator seguro, que tem grande autonomia de voo com um amplo conjunto de armamentos, ideal para um país com as dimensões do Brasil, incluindo neste vasto território a Amazônia azul, e é o único dos concorrentes que opera no porta-aviões São Paulo.
Estas características técnicas estão aliadas a uma ampla proposta de transferência de tecnologia já aprovada pelo Governo da França, sem necessitar de mais aprovações, que inclui os códigos-fonte, desenvolvimento de tecnologias, instalação de linha de montagem e, sobretudo, treinamento e aperfeiçoamento das indústrias aeroespacial e bélicas brasileiras. [DB]
Escrito por Defesa Brasil
Sex, 04 de Setembro de 2009 14:25
Empresa aposta no bom relacionamento entre os governos brasileiro e francês e no amplo pacote de transferência de tecnologia para vencer com o Rafale no Projeto F-X2.
Vinicius Pimenta
Quando o Projeto F-X2 foi oficialmente lançado, em maio de 2008, o caça francês Rafale logo despontou como um dos favoritos na disputa para o fornecimento de 36 novas aeronaves de combate para a Força Aérea Brasileira. Pouco mais de um ano depois, com o final da concorrência se aproximando, a proposta se consolidou com o aprofundamento das relações entre o Brasil e a França e o grand finale parece apontar para a primeira vitória do caça da Dassault em uma concorrência internacional.
Dassault Rafale.
Além das capacidades técnicas da aeronave, o favoritismo do Rafale era explicado pela parceria estratégica que os governos do Brasil e da França estavam estabelecendo. O ponto de partida havia sido a assinatura do Acordo de Status das Forças (SOFA), em janeiro daquele ano, o primeiro da França com um país fora da OTAN. De lá pra cá foram fechados dois bilionários negócios: o fornecimento de 51 helicópteros EC-725 Super Cougar e o acordo para a construção de submarinos Scorpène, um novo estaleiro e a transferência de tecnologia para o submarino nuclear brasileiro. No campo diplomático, a França também passou a apoiar o Brasil na luta por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Se havia alguma dúvida desse favoritismo, ela foi dissipada de vez nesta quinta-feira (03/09) pelo próprio Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva: "A França se mostrou como o país mais flexível na questão da transferência de tecnologia, e obviamente essa é uma vantagem comparativa excepcional", afirmou.
Disposto a evitar o clima de “já ganhou”, o Diretor da Dassault International do Brasil, Jean-Marc Merialdo, prefere não considerar o Rafale um favorito político. “Não se trata de um favoritismo, mas de um traço do bom relacionamento há longo prazo entre os governos brasileiro e francês”, despistou.
Dassault Rafale.
Se por um lado esses ingredientes trouxeram vantagens ao Rafale, também levantaram algumas questões entre especialistas e militares. Entre elas, a de que o Brasil estaria se tornando perigosamente dependente de um único fornecedor. Outro ponto negativo apontado é a ausência de clientes externos da aeronave. “Posso afirmar que vencemos concorrências técnicas pelo mundo, mas no final fomos descartados por questões políticas, como no caso da Coréia do Sul, por exemplo”, rebate Merialdo.
Para tentar diminuir a dependência dos fornecedores externos, o governo brasileiro tem cobrado um pesado programa de transferência de tecnologia. A ênfase dada ao tema pelo Brasil é talvez até maior do que pela própria capacidade de combate das aeronaves concorrentes. Sobre esse assunto, Jean-Marc Merialdo é direto: “O governo francês, já autorizou a transferência de tecnologia total. É uma decisão promulgada pelo poder executivo francês e é irrevogável, não necessita de outras autorizações”, afirmou.
Jean-Marc Merialdo ainda ressaltou o fato de que o Rafale é uma aeronave em início de linha de produção, com perspectiva de mais de 30 anos de uso. “[O Rafale] Não é um upgrade de uma aeronave antiga, nem um projeto que está só no papel”, completou.
Em entrevista exclusiva ao Defesa Brasil, Jean-Marc Merialdo falou mais sobre a proposta francesa ao país, transferência de tecnologia e as razões para o suposto favoritismo francês na disputa.
Leia a íntegra da entrevista:
Defesa Brasil - A Dassault afirma que assinou acordos de cooperação com 38 entidades e indústrias brasileiras, em um total de 65 projetos. É possível listar ou indicar os principais projetos e empresas com as quais a Dassault já tem algum tipo de entendimento? O que já foi conversado com a Mectron, Embraer, Avibras, Atech, Aeroeletrônica, entre outras?
Jean-Marc Merialdo - Gostaria de ressaltar que o primeiro passo na questão da transferência de tecnologia foi dado pelo governo francês, que já autorizou a transferência de tecnologia total. É uma decisão promulgada pelo poder executivo francês e é irrevogável, não necessita de outras autorizações.
A fabricação do Rafale irá envolver 38 empresas brasileiras, num total de 65 projetos de cooperação no país. Já foram assinados pela Rafale International 39 Memorandos de Entendimentos (MOU) com parceiros brasileiros. No total, a transferência de tecnologia cobrirá muito mais de 100% do valor de contrato. Segundo a proposta francesa, a parceria deverá extrapolar a área militar, contribuindo com o desenvolvimento da indústria aeroespacial brasileira. As novas tecnologias adquiridas proporcionarão a suas beneficiárias a chance de entrar em novos mercados e negócios, assim aumentando ou mantendo sua receita em larga escala.
A previsão é de que sejam gerados 29 mil empregos nos dez anos seguintes à aquisição do Rafale pelo Projeto FX-2. Serão 3500 empregos diretos e 11500 empregos indiretos com as atividades de fabricação. Além disso, a criação de subprodutos provenientes da demanda da Aeronáutica poderá gerar 4500 empregos diretos e 9500 empregos indiretos.
No caso da Embraer, por ser a principal indústria aeroespacial brasileira, terá total expertise e autonomia para liderar e realizar adaptações e aperfeiçoamentos futuros na aeronave Rafale e seus sistemas. A EMBRAER tem a proposta de, também, instalar uma linha de montagem local para o Rafale. A parceria estratégica firmada entre a equipe Rafale e a Embraer se estenderá a outros programas aeronáuticos, incluindo, por exemplo, a transferência de tecnologia no campo do domínio chave e altamente sensível dos Sistemas Digitais de Controle Voo (DFCS). É importante destacar que as tecnologias DFCS são dominadas por pouquíssimas empresas no mundo e desejadas por muitas.
DB - A Dassault ainda possui 1% das ações da Embraer. Isso é algo que tem alguma influência na proposta atual ou nas possibilidades de parceria?
JM - Acreditamos que a Embraer será a grande parceira, independente de quem for o escolhido pelo Governo Brasileiro. A capacidade da Embraer faz dela um parceiro certo na operacionalização de nossa proposta de cooperação e transferência de tecnologia. Nossa participação acionária na empresa, ainda que não ajude, certamente não atrapalha nossa participação no programa FX2.
DB - Em entrevista anterior a um jornal o Sr. afirmou que a Dassault deixou em aberto uma proposta de linha de montagem do Rafale F3 no Brasil. Que componentes seriam produzidos no Brasil? Qual o índice de nacionalização previsto? Em caso de lotes posteriores, seria possível aumentar ainda mais a quantidade de componentes produzidos no país? O que for feito no Brasil seria apenas para os Rafale da FAB ou para todo o programa, valendo para todos os Rafale produzidos, agora e no futuro?
JM - Com o RAFALE, não estamos oferecendo uma aeronave, um produto de ‘prateleira’, mas sim um programa de transferência de tecnologia total que inclui treinamento e aperfeiçoamento da indústria brasileira para receber a tecnologia oferecida e o acesso aos códigos-fonte. Como eu já disse, nossa proposta ao Governo Brasileiro prevê mais de 100% de transferência de tecnologia, o que inclui aperfeiçoamento da indústria brasileira para absorção das tecnologias de produção da aeronave, que poderão gerar subprodutos a serem explorados pelas empresas.
Posso citar o caso da Embraer, que terá total autonomia para liderar e realizar adaptações e aperfeiçoamentos futuros na aeronave RAFALE e seus sistemas. Isso levará a empresa a adquirir capacidades e conhecimento para realizar, de modo autônomo no futuro, o projeto da próxima geração de caças brasileiros. A Embraer tem a proposta de, também, desempenhar um papel chave na transferência da fabricação do Rafale para o Brasil, a partir de peças estruturais essenciais da aeronave (ex. asa) até chegar a uma linha de montagem local para o RAFALE, iniciando o primeiro lote de aeronaves F-X2.
DB - Em relação aos motores, há o histórico de problemas com a operação dos antigos Mirage III pela FAB, cujas turbinas precisavam ser enviadas para manutenção na França e não raro havia algumas complicações nesse processo. Essas dificuldades foram superadas com os atuais Mirage 2000C? Haveria alguma possibilidade de produção dos Snecma M88-2 do Rafale no Brasil, na Turbomeca ou em outra empresa, ou ao menos sua capacitação para o overhaul desses motores no país?
JM - Os Mirage 2000 operam com sucesso na Base de Anapolis e tem, até a gora, a melhor disponibilidade de todas as frotas da FAB. A Snecma acaba de construir, na base, um banco de teste para os motores M-53. No que diz respeito ao motor do Rafale, esta prevista, no âmbito do programa de transferência de tecnologia, a capacitação de empresas brasileiras, para que elas assegurassem a manutenção dos motores.
DB - Caso vencedor no Brasil, haverá diferenças entre os Rafale F3 da Armée de l’Air e os da FAB? Caso positivo, quais?
JM - O avião proposto ao Brasil é igual ao avião em serviço na Armée de l'Air francesa. Como oferecemos ao Brasil um pacote de cooperação tecnológica, o avião produzido pela indústria brasileira poderá sofrer adaptações para atender as necessidades do país.
DB - Atualmente há poucos armamentos não franceses integrados ao Rafale F3. Um dos pontos-chave das exigências do Brasil é o acesso à partes do código-fonte da aeronave que permitiriam a integração no país de armamentos nacionais ou da procedência escolhida. A Dassault incluiu essa possibilidade na proposta e já tem todas as autorizações necessárias para isso?
JM - Nossa proposta ao Governo Brasileiro inclui acesso aos códigos-fonte. Vale ressaltar que não vamos apenas ceder os códigos-fonte, mas vamos treinar e aperfeiçoar a indústria brasileira na produção desta tecnologia. Esta transferência de tecnologia também já está garantida pelo governo francês e, pelo sistema francês, não há necessidade de outra autorização para implementá-la.
DB - O radar atual que equipa os Rafale franceses é o Thales RBE2 PESA, desenvolvido na década de 1990, e que recebe algumas críticas por conta do alcance de detecção limitado. Para o Brasil, a Dassault oferece a versão RBE2-AA AESA, com a promessa de ser um dos mais avançados da classe. O RBE2-AA tem previsão de ficar pronto apenas em 2012. Esse prazo é suficiente para a entrega ao Brasil em 2014, considerando o tempo de produção e eventuais entregas à Marine Nationale e Armée de L’Air? Como garantir que as capacidades do novo radar não fiquem abaixo do planejado?
JM - O radar RBE2 AESA já está voando em alguns RAFALE e entrará em serviço nas forças armadas francesas em 2012. Caso o RAFALE venha a ser escolhido como o futuro avião de caça da FAB, os aviões serão entregues já equipados com o novo radar AESA.
DB - Há alguma proposta de transferência de tecnologia referente ao RBE2-AA? Qual seria a autonomia do Brasil na manutenção e adequação do radar?
JM - A proposta francesa prevê transferência de tecnologias em todas as áreas. Empresas brasileiras serão capacitadas para fazer a manutenção do radar no país.
DB - O sistema de guerra eletrônica SPECTRA é um dos mais avançados do mundo e está incluído na oferta. Até que ponto o Brasil terá acesso à sua tecnologia, de modo a adequá-la às necessidades que fossem surgindo?
JM - A proposta francesa prevê transferência de tecnologias em todas as áreas. A FAB tera os meios necessários para otimizar seu emprego e empresas e entidades brasileiras serão capacitadas para adequar o sistema às necessidades do país.
DB - Quais foram os armamentos ar-ar oferecidos? As versões dos mísseis MICA IR e MICA EM, da MBDA, constam no pacote? Qual armamento está sendo oferecido para combater objetivos terrestres? O SCALP está incluído?
JM - A França está oferecendo um avião RAFALE igual ao que está em serviço na Força Aérea francesa. Portanto não há restrições para exportar para o Brasil todo o armamento qualificado no avião, que constituirá com ele um poderoso conjunto a serviço da nação brasileira.
DB - Atualmente o Rafale está em operação apenas na França, seu país de origem. Quais motivos que a Dassault considera que contribuíram para essa dificuldade de exportação? Por que seria diferente agora para o Brasil? O Sr. considera um problema a falta de mais clientes externos para a operação futura da frota de Rafale?
JM - Posso afirmar que vencemos concorrências técnicas pelo mundo, mas no final fomos descartados por questões políticas, como no caso da Coréia do Sul, por exemplo. E estamos participando de algumas concorrências com boas chances, como o caso da Índia, onde fomos selecionados para a segunda fase, a de testes das aeronaves. Além disso, a Armée de L’Air já encomendou aeronaves Rafale para substituir toda a sua frota nos próximos anos.
Vale ressaltar que o Rafale é uma aeronave madura: está em início de linha de produção, com perspectiva de mais de 30 anos de uso, e, mesmo sendo uma aeronave nova, já foi testada e aprovada em combate. Não é um upgrade de uma aeronave antiga, nem um projeto que está só no papel.
DB - Comenta-se nos bastidores que a proposta da Dassault poderia incluir uma possibilidade de venda ao Brasil de um lote de 8 Rafale F1, atualmente estocados na França, para serem operados pela Marinha do Brasil a partir do porta-aviões São Paulo. Fala-se inclusive que uma comissão da Marinha brasileira já teria ido à França conhecer melhor essas aeronaves. Há realmente alguma conversa nesse sentido? Poderia ser uma possibilidade futura?
JM - A DASSAULT não possui nem incluiu nenhum lote de aviões usados na sua proposta.
DB - O Rafale é tido como o “favorito político” do Projeto F-X2 e conta com a preferência pessoal do Ministro da Defesa Nelson Jobim e do próprio Presidente Lula. A que podemos atribuir esse favoritismo e como trazê-lo para o campo técnico-operacional, tornando o Rafale o favorito também da Força Aérea Brasileira?
Não se trata de um favoritismo, mas de um traço do bom relacionamento há longo prazo entre os governos brasileiro e francês. Como demonstrado durante visitas oficiais de membros do governo francês ao Brasil, a França tem total interesse em ampliar suas relações estratégicas com o país, não só no setor de defesa.
Quanto aos critérios da FAB, acreditamos que a análise técnica será cuidadosa, que irá considerar todos os prós e contras dos três concorrentes, sem restrições. Estamos confiantes na escolha do Governo Brasileiro por uma aeronave de combate apta a atender todas as necessidades técnicas e geopolíticas do Brasil e por um programa de parceria que inclui total transferência de tecnologia.
DB - Qual é o diferencial da proposta da Dassault? Por que o Brasil deveria escolher o Rafale F3?
JM - O diferencial é aliar uma aeronave que atende as necessidades técnicas e geo-políticas do Brasil com um vasto e irrestrito projeto de cooperação tecnológica. O Rafale é uma aeronave de combate multiuso, para todos os tipos de ações - defesa e ataque, alertas de reação rápida, missões ar-ar, ar-mar, ar-solo, projeção de poder, missões de reconhecimento e treinamento para pilotos. É um caça bi-reator seguro, que tem grande autonomia de voo com um amplo conjunto de armamentos, ideal para um país com as dimensões do Brasil, incluindo neste vasto território a Amazônia azul, e é o único dos concorrentes que opera no porta-aviões São Paulo.
Estas características técnicas estão aliadas a uma ampla proposta de transferência de tecnologia já aprovada pelo Governo da França, sem necessitar de mais aprovações, que inclui os códigos-fonte, desenvolvimento de tecnologias, instalação de linha de montagem e, sobretudo, treinamento e aperfeiçoamento das indústrias aeroespacial e bélicas brasileiras. [DB]
Última edición por JoãoBR el 05 Sep 2009, 01:50, editado 2 veces en total.
João Mendes.
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