Programa FX-2 de cazas para Brasil
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Discurso de Bengt Janér, da Saab, na Câmara dos Deputados
Projeto F-X2
Escrito por Defesa Brasil
Qua, 14 de Outubro de 2009 18:45
A audiência com representantes dos três concorrentes do Programa F-X2 tratou sobre as propostas de transferência de tecnologia.
Da Redação
A Saab divulgou a íntegra do discurso de Bengt Janér, Diretor-Geral da empresa no Brasil, na audiência pública na Câmara dos Deputados, junto com a Comissão de Ciência Tecnologia.
Participaram da audiência as empresas concorrentes do Programa F-X2 (Boeing, Saab e Dassault), além dos representantes da Comissão.
Leia:
Palestra da Saab AB proferida por Bengt Janer
Câmara dos Deputados
14 de outubro de 2009
Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Deputado Eduardo Gomes
Excelentíssimos Senhores e Senhoras parlamentares presentes.
Prezados membros desta mesa.
Senhoras e senhores.
Em nome da empresa Saab, agradeço a Comissão de Ciência e Tecnologia, assim como a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, o gentil convite para participar dessa audiência pública, da mais alta importância para o esclarecimento do tema “Transferência de Tecnologia no Programa F-X2”.
Inicialmente, é importante citar que o Pedido de Oferta elaborado pelo Comando da Aeronáutica, e aprovado pelo Ministério da Defesa, foi muito claro e detalhado no tocante aos requisitos de transferência de tecnologia de interesse do parque industrial aeroespacial brasileiro e da própria Força Aérea Brasileira.
Posso assegurar aos senhores que a proposta de transferência de tecnologia apresentada pela Saab ao Comando da Aeronáutica cumpriu e excedeu o que foi solicitado pelo Pedido de Oferta.Senhores Deputados, um processo de transferência de tecnologia, para ser eficaz, necessita de atender a quatro requisitos necessários.
Primeiro requisito - deve existir no país de origem uma entidade detentora da tecnologia a ser transferida e, no país de destino, uma entidade capacitada para recebê-la. Esta é uma condição fundamental. Não se transfere tecnologia para quem não está apto para recebê-la.
Segundo requisito - a tecnologia a ser transferida deve ter uma utilidade para a instituição, empresa ou governo, seja esta tecnologia de interesse científico, comercial ou estratégico. Sem utilidade para o país receptor, o processo não tem sentido.
Terceiro requisito – a metodologia para a transferência de tecnologia deve ser de uma forma que assegure que a sua absorção, pelos entes receptores, seja eficiente e eficaz. A metodologia utilizada para a transmissão da tecnologia tem um valor importante no processo.
Quarto requisito - deve ser proporcionado à instituição, empresa ou governo receptor da tecnologia todos os direitos de uso da tecnologia transferida. É importante que a tecnologia recebida possa ser utilizada pelas entidades receptoras sem qualquer restrição comercial para a manutenção das suas aeronaves, para melhorias futuras, para incorporação de novos sistemas e armamentos e para aplicação em outros produtos, militares ou civis, do seu interesse.
No caso das tecnologias “duais”, ou seja, aquelas que podem ser empregadas tanto para uso civil ou militar, receber uma tecnologia e não ter direito de utilizá-la onde for do interesse nacional é inconcebível. Por isso, obter o total direito de uso da tecnologia torna-se questão fundamental.
Posso assegurar aos senhores parlamentares que a proposta da Saab atende de forma completa a todos estes quatro requisitos.
A Saab está disposta a negociar com a Embraer, dentro do escopo da parceria estratégica a ser firmada caso o Governo Brasileiro escolha o Gripen NG Brasil, a co-propriedade industrial das tecnologias específicas do Gripen NG Brasil, tornando aquela aeronave um verdadeiro produto Embraer-Saab.
Acreditamos que a Saab tenha sido a única empresa a oferecer a possibilidade de co-propriedade intelectual da aeronave ofertada.
A Saab apresentou, em sua proposta recentemente entregue ao Comando da Aeronáutica, um programa de transferência de tecnologia que inclui:
•100% de todas as tecnologias solicitadas pelo Comando da Aeronáutica;
•100% das tecnologias solicitadas pelas maiores empresas do setor aeroespacial, em especial a Embraer;
•Processo de transferência “on the job training” – Aprender fazendo;
•Responsabilidade por 40% das atividades de desenvolvimento realizados por empresas brasileiras;
•Participação em todas as atividades de desenvolvimento;
•Produção de 80% da estrutura da aeronave (asas, segmentos da fuselagem, portas, etc.) por empresas brasileiras, para todos os Gripens NG a serem produzidos, inclusive os da Suécia;
•Aviônica produzida no Brasil
Gostaria, agora, de fazer um retrospecto da história da terceira maior empresa aeronáutica do mundo, a Embraer, orgulho de todos nós brasileiros.
A Embraer foi fundada em 1969, fruto da visão estratégica do Ministério da Aeronáutica e do Governo Brasileiro.
Foi criada para produzir o Bandeirante, cujos protótipos haviam sido desenvolvidos em um dos institutos do CTA.
Para fazer com que a empresa desse o seu “primeiro grande salto”, era necessário um auxílio externo, que veio na forma da transferência de tecnologia da empresa italiana Aermacchi que, na venda das suas aeronaves Xavante para a FAB, instalou uma linha de montagem nas suas instalações.
A metodologia empregada foi a de receber as primeiras quatro aeronaves montadas da Itália e, progressivamente, aumentar a carga de trabalho no Brasil.
Poucos componentes foram fabricados na Embraer. O objetivo principal era aprender como fazer produção serializada de aeronaves. Junto com a implantação da linha do Xavante na Embraer, vieram o conhecimento e processos de controle de qualidade, planejamento de produção e suporte logístico. Cerca de 200 Xavantes foram produzidos na linha da Embraer.
E isso foi obtido há cerca de 40 anos.
Montar aeronaves em um regime conhecido como CKD (“Complete knock-down”), ou seja, montagem de kits produzidos pela matriz, não agrega nenhuma tecnologia à Embraer.
O “segundo grande salto” veio novamente por meio de empresas italianas. A participação da Embraer no Programa AM-X proporcionou absorção de conhecimentos na integração de sistemas, no desenvolvimento de software embarcado, na integração de armamentos, nos ensaios e testes em solo e em voo e em diversas tecnologias de produção principalmente de peças usinadas complexas.
No Programa AM-X, a Embraer foi responsável por 30% do projeto e desenvolvimento da aeronave e por 30% da produção de sua estrutura, consistindo especificamente das asas, trem de pouso, entradas de ar e tanque externo de combustível.
Cerca de 50 AM-X foram produzidos pela Embraer e outros 150 foram produzidos na Itália com peças e segmentos estruturais brasileiros.
É amplamente reconhecido que sem o programa AM-X, a Embraer não teria atingido o patamar que permitiu o desenvolvimento de todos seus aviões regionais e comerciais. O Programa AM-X foi o passaporte para a Embraer alcançar a terceira posição no ranking mundial da indústria aeronáutica.
E isso foi obtido há cerca de 30 anos.
Produzir peças com base em projetos feitos na matriz também não agrega nenhuma tecnologia à Embraer.
O que a Saab propõe agora ao governo brasileiro e à Embraer, por meio do Programa Gripen NG, é o “terceiro grande salto”.
A Saab ofereceu como principal componente da Oferta apresentada ao Comando da Aeronáutica, a proposta de formação de uma parceria estratégica com a Embraer, na qual está prevista atuação daquela empresa como a principal responsável por cerca de 40% do processo de desenvolvimento do Gripen NG Brasil, ficando a Saab com a responsabilidade dos 60% restante.
Porém, ambas as empresas participarão de 100% das atividades de desenvolvimento.
A parceria Embraer-Saab irá muito além dos aspectos puramente industriais. O Gripen NG será um produto Embraer-Saab. No aspecto comercial, as duas empresas participarão das vendas do Gripen NG para todos os clientes mundiais. Está previsto, também, que a Embraer será a líder de venda (“prime contractor”) para os países da América Latina, e também para outros, onde a sua penetração, em termos de marketing, seja mais adequada.
Todo o software da aeronave será desenvolvido com a participação da Embraer e poderá ser modificado e alterado no futuro sem a presença da Saab.
A proposta da SAAB oferece mais do que simplesmente “acesso” aos códigos-fonte. Os softwares críticos de missão, que incluem todos os softwares de interesse da FAB, e os respectivos códigos-fonte, serão desenvolvidos em parceria com a Embraer, que terá domínio de todo o conhecimento.
Também será instalado no Brasil um centro de desenvolvimento de softwares (laboratório e “rig” aviônico), que ao lado do pessoal habilitado, são as ferramentas indispensáveis ao completo domínio dos sistemas computacionais da aeronave.
É importante ressaltar que "acesso aos códigos-fonte" não tem qualquer significado prático caso o ente receptor não disponha da infra-estrutura adequada (laboratórios e rigs aviônicos) e, principalmente, de pessoal treinado e habilitado, que somente será disponível caso tenha participado do processo de desenvolvimento.
Dentre as mais importantes tecnologias que a Embraer terá acesso destacam-se:
•Desenvolvimento de redes de informação, fusão de dados e informações e alto nível de integração de sistemas
•Tecnologias de projeto e produção de estruturas complexas e que utilizam materiais avançados tais como materiais compósitos
•Integração de motores
•Integração de radares
•Integração de armamentos de última geração
•Ensaios em voo de aeronaves supersônicas
•Sistemas avançados de comunicação e enlace de dados
A proposta da SAAB prevê que a linha de produção completa das 36 aeronaves Gripen NG Brasil será implantada no Brasil.
O governo da Suécia propõe incorporar a nova geração do Gripen na sua Força Aérea no mesmo cronograma do solicitado pela FAB, ou seja, a partir de 2014, isso significa que as exportações de produtos (80% da fuselagem) e serviços deverão ter início dentro de pouco tempo.
A parceria SAAB e Embraer é o que se poderia chamar de “parceria perfeita”. Isso porque as duas empresas possuem tecnologias próprias absolutamente complementares, e não são competidoras em nenhuma área de negócios, seja no mercado de aeronaves comerciais, militares e de aviação executiva.
As empresas também possuem experiências de parceria de sucesso, como nos programas AEW (Erieye) para os governos do Brasil, México e Grécia.
Por essa razão, podemos afirmar sem qualquer margem de erro, que o nível de envolvimento daquela empresa no Programa Gripen NG, e consequentemente, de ganhos tecnológicos e comerciais a serem aferidos pela Embraer, serão muito superiores aos do Programa AM-X.
O Programa Gripen NG Brasil será realmente o “terceiro grande salto” para a Embraer.
Além disso, o Gripen NG para o Brasil estará equipado com sistemas eletrônicos produzidos na empresa Aeroeletrônica, localizada no Rio Grande do Sul, que já fornece sistemas semelhantes para os Super-Tucanos e F-5 modernizados. Esta sinergia trará imensos ganhos operacionais e logísticos para a FAB, além de gerar centenas de empregos de alta tecnologia.
Os armamentos nacionais serão integrados no Brasil, com a participação da empresa Mectron, que atualmente fabrica os mísseis Piranha, MAR-1, e participa do desenvolvimento conjunto com a África do Sul do míssil A-Darter, que por feliz coincidência, utiliza aeronaves Gripen para os seus ensaios de lançamento.
Outro exemplo do processo de transferência de tecnologia da Saab, e a seriedade com que essa empresa está comprometida com o desenvolvimento da aeronave Gripen NG Brasil, é a Akaer, baseada em São José dos Campos, empresa de engenharia especializada em projetos estruturais.
A Akaer já foi contratada pela Saab, independente do resultado do Programa F-X2, para projetar as asas e partes importantes da fuselagem.
20 engenheiros estão na Suécia, desde 30 de agosto, trabalhando no Gripen NG.
Senhores parlamentares, as ofertas de transferência de tecnologia devem contemplar os quatro requisitos citados no início desta exposição, ou seja, que existam entidades nacionais capacitadas tecnologicamente para absorvê-la; que a tecnologia a ser transferida tenha utilidade para as indústrias brasileiras; que a tecnologia seja transmitida por meio de uma metodologia eficaz e que seja acompanhada por uma licença que assegure o total direito de uso para o programa em tela e para qualquer outro de natureza civil ou militar.
E ainda, que esse compromisso esteja contido na Oferta apresentada oficialmente ao Comando da Aeronáutica.
Finalmente, transferência de tecnologia não é feita com base em produtos já desenvolvidos.
Assim, não faz sentido falar em transferência de tecnologia do motor X, ou do radar Y, ou da bomba hidráulica Z.
A Saab e as empresas participantes do Programa Gripen NG possuem todas as tecnologias de interesse do Comando da Aeronáutica, inclusive as relacionadas aos motores aeronáuticos e radares, e estão disponíveis e autorizadas para realizá-las.
Finalizando esta pequena apresentação, gostaria de dizer que o Programa Gripen NG abre para o Brasil uma oportunidade única de dotar a sua Força Aérea, em 2014, com a mais moderna aeronave de caça do mundo, com equipamentos eletrônicos e sistemas de auto-proteção com, no mínimo, 10 anos de vantagens tecnológicas sobre os demais, com uma vantagem incomparável, o de mais baixo preço de aquisição e de operação.
Nenhum outro programa utilizará tantos componentes nacionais, nem proporcionará a criação de postos de trabalho de alta tecnologia como o Programa Gripen NG Brasil.
Muito obrigado!
Projeto F-X2
Escrito por Defesa Brasil
Qua, 14 de Outubro de 2009 18:45
A audiência com representantes dos três concorrentes do Programa F-X2 tratou sobre as propostas de transferência de tecnologia.
Da Redação
A Saab divulgou a íntegra do discurso de Bengt Janér, Diretor-Geral da empresa no Brasil, na audiência pública na Câmara dos Deputados, junto com a Comissão de Ciência Tecnologia.
Participaram da audiência as empresas concorrentes do Programa F-X2 (Boeing, Saab e Dassault), além dos representantes da Comissão.
Leia:
Palestra da Saab AB proferida por Bengt Janer
Câmara dos Deputados
14 de outubro de 2009
Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Deputado Eduardo Gomes
Excelentíssimos Senhores e Senhoras parlamentares presentes.
Prezados membros desta mesa.
Senhoras e senhores.
Em nome da empresa Saab, agradeço a Comissão de Ciência e Tecnologia, assim como a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, o gentil convite para participar dessa audiência pública, da mais alta importância para o esclarecimento do tema “Transferência de Tecnologia no Programa F-X2”.
Inicialmente, é importante citar que o Pedido de Oferta elaborado pelo Comando da Aeronáutica, e aprovado pelo Ministério da Defesa, foi muito claro e detalhado no tocante aos requisitos de transferência de tecnologia de interesse do parque industrial aeroespacial brasileiro e da própria Força Aérea Brasileira.
Posso assegurar aos senhores que a proposta de transferência de tecnologia apresentada pela Saab ao Comando da Aeronáutica cumpriu e excedeu o que foi solicitado pelo Pedido de Oferta.Senhores Deputados, um processo de transferência de tecnologia, para ser eficaz, necessita de atender a quatro requisitos necessários.
Primeiro requisito - deve existir no país de origem uma entidade detentora da tecnologia a ser transferida e, no país de destino, uma entidade capacitada para recebê-la. Esta é uma condição fundamental. Não se transfere tecnologia para quem não está apto para recebê-la.
Segundo requisito - a tecnologia a ser transferida deve ter uma utilidade para a instituição, empresa ou governo, seja esta tecnologia de interesse científico, comercial ou estratégico. Sem utilidade para o país receptor, o processo não tem sentido.
Terceiro requisito – a metodologia para a transferência de tecnologia deve ser de uma forma que assegure que a sua absorção, pelos entes receptores, seja eficiente e eficaz. A metodologia utilizada para a transmissão da tecnologia tem um valor importante no processo.
Quarto requisito - deve ser proporcionado à instituição, empresa ou governo receptor da tecnologia todos os direitos de uso da tecnologia transferida. É importante que a tecnologia recebida possa ser utilizada pelas entidades receptoras sem qualquer restrição comercial para a manutenção das suas aeronaves, para melhorias futuras, para incorporação de novos sistemas e armamentos e para aplicação em outros produtos, militares ou civis, do seu interesse.
No caso das tecnologias “duais”, ou seja, aquelas que podem ser empregadas tanto para uso civil ou militar, receber uma tecnologia e não ter direito de utilizá-la onde for do interesse nacional é inconcebível. Por isso, obter o total direito de uso da tecnologia torna-se questão fundamental.
Posso assegurar aos senhores parlamentares que a proposta da Saab atende de forma completa a todos estes quatro requisitos.
A Saab está disposta a negociar com a Embraer, dentro do escopo da parceria estratégica a ser firmada caso o Governo Brasileiro escolha o Gripen NG Brasil, a co-propriedade industrial das tecnologias específicas do Gripen NG Brasil, tornando aquela aeronave um verdadeiro produto Embraer-Saab.
Acreditamos que a Saab tenha sido a única empresa a oferecer a possibilidade de co-propriedade intelectual da aeronave ofertada.
A Saab apresentou, em sua proposta recentemente entregue ao Comando da Aeronáutica, um programa de transferência de tecnologia que inclui:
•100% de todas as tecnologias solicitadas pelo Comando da Aeronáutica;
•100% das tecnologias solicitadas pelas maiores empresas do setor aeroespacial, em especial a Embraer;
•Processo de transferência “on the job training” – Aprender fazendo;
•Responsabilidade por 40% das atividades de desenvolvimento realizados por empresas brasileiras;
•Participação em todas as atividades de desenvolvimento;
•Produção de 80% da estrutura da aeronave (asas, segmentos da fuselagem, portas, etc.) por empresas brasileiras, para todos os Gripens NG a serem produzidos, inclusive os da Suécia;
•Aviônica produzida no Brasil
Gostaria, agora, de fazer um retrospecto da história da terceira maior empresa aeronáutica do mundo, a Embraer, orgulho de todos nós brasileiros.
A Embraer foi fundada em 1969, fruto da visão estratégica do Ministério da Aeronáutica e do Governo Brasileiro.
Foi criada para produzir o Bandeirante, cujos protótipos haviam sido desenvolvidos em um dos institutos do CTA.
Para fazer com que a empresa desse o seu “primeiro grande salto”, era necessário um auxílio externo, que veio na forma da transferência de tecnologia da empresa italiana Aermacchi que, na venda das suas aeronaves Xavante para a FAB, instalou uma linha de montagem nas suas instalações.
A metodologia empregada foi a de receber as primeiras quatro aeronaves montadas da Itália e, progressivamente, aumentar a carga de trabalho no Brasil.
Poucos componentes foram fabricados na Embraer. O objetivo principal era aprender como fazer produção serializada de aeronaves. Junto com a implantação da linha do Xavante na Embraer, vieram o conhecimento e processos de controle de qualidade, planejamento de produção e suporte logístico. Cerca de 200 Xavantes foram produzidos na linha da Embraer.
E isso foi obtido há cerca de 40 anos.
Montar aeronaves em um regime conhecido como CKD (“Complete knock-down”), ou seja, montagem de kits produzidos pela matriz, não agrega nenhuma tecnologia à Embraer.
O “segundo grande salto” veio novamente por meio de empresas italianas. A participação da Embraer no Programa AM-X proporcionou absorção de conhecimentos na integração de sistemas, no desenvolvimento de software embarcado, na integração de armamentos, nos ensaios e testes em solo e em voo e em diversas tecnologias de produção principalmente de peças usinadas complexas.
No Programa AM-X, a Embraer foi responsável por 30% do projeto e desenvolvimento da aeronave e por 30% da produção de sua estrutura, consistindo especificamente das asas, trem de pouso, entradas de ar e tanque externo de combustível.
Cerca de 50 AM-X foram produzidos pela Embraer e outros 150 foram produzidos na Itália com peças e segmentos estruturais brasileiros.
É amplamente reconhecido que sem o programa AM-X, a Embraer não teria atingido o patamar que permitiu o desenvolvimento de todos seus aviões regionais e comerciais. O Programa AM-X foi o passaporte para a Embraer alcançar a terceira posição no ranking mundial da indústria aeronáutica.
E isso foi obtido há cerca de 30 anos.
Produzir peças com base em projetos feitos na matriz também não agrega nenhuma tecnologia à Embraer.
O que a Saab propõe agora ao governo brasileiro e à Embraer, por meio do Programa Gripen NG, é o “terceiro grande salto”.
A Saab ofereceu como principal componente da Oferta apresentada ao Comando da Aeronáutica, a proposta de formação de uma parceria estratégica com a Embraer, na qual está prevista atuação daquela empresa como a principal responsável por cerca de 40% do processo de desenvolvimento do Gripen NG Brasil, ficando a Saab com a responsabilidade dos 60% restante.
Porém, ambas as empresas participarão de 100% das atividades de desenvolvimento.
A parceria Embraer-Saab irá muito além dos aspectos puramente industriais. O Gripen NG será um produto Embraer-Saab. No aspecto comercial, as duas empresas participarão das vendas do Gripen NG para todos os clientes mundiais. Está previsto, também, que a Embraer será a líder de venda (“prime contractor”) para os países da América Latina, e também para outros, onde a sua penetração, em termos de marketing, seja mais adequada.
Todo o software da aeronave será desenvolvido com a participação da Embraer e poderá ser modificado e alterado no futuro sem a presença da Saab.
A proposta da SAAB oferece mais do que simplesmente “acesso” aos códigos-fonte. Os softwares críticos de missão, que incluem todos os softwares de interesse da FAB, e os respectivos códigos-fonte, serão desenvolvidos em parceria com a Embraer, que terá domínio de todo o conhecimento.
Também será instalado no Brasil um centro de desenvolvimento de softwares (laboratório e “rig” aviônico), que ao lado do pessoal habilitado, são as ferramentas indispensáveis ao completo domínio dos sistemas computacionais da aeronave.
É importante ressaltar que "acesso aos códigos-fonte" não tem qualquer significado prático caso o ente receptor não disponha da infra-estrutura adequada (laboratórios e rigs aviônicos) e, principalmente, de pessoal treinado e habilitado, que somente será disponível caso tenha participado do processo de desenvolvimento.
Dentre as mais importantes tecnologias que a Embraer terá acesso destacam-se:
•Desenvolvimento de redes de informação, fusão de dados e informações e alto nível de integração de sistemas
•Tecnologias de projeto e produção de estruturas complexas e que utilizam materiais avançados tais como materiais compósitos
•Integração de motores
•Integração de radares
•Integração de armamentos de última geração
•Ensaios em voo de aeronaves supersônicas
•Sistemas avançados de comunicação e enlace de dados
A proposta da SAAB prevê que a linha de produção completa das 36 aeronaves Gripen NG Brasil será implantada no Brasil.
O governo da Suécia propõe incorporar a nova geração do Gripen na sua Força Aérea no mesmo cronograma do solicitado pela FAB, ou seja, a partir de 2014, isso significa que as exportações de produtos (80% da fuselagem) e serviços deverão ter início dentro de pouco tempo.
A parceria SAAB e Embraer é o que se poderia chamar de “parceria perfeita”. Isso porque as duas empresas possuem tecnologias próprias absolutamente complementares, e não são competidoras em nenhuma área de negócios, seja no mercado de aeronaves comerciais, militares e de aviação executiva.
As empresas também possuem experiências de parceria de sucesso, como nos programas AEW (Erieye) para os governos do Brasil, México e Grécia.
Por essa razão, podemos afirmar sem qualquer margem de erro, que o nível de envolvimento daquela empresa no Programa Gripen NG, e consequentemente, de ganhos tecnológicos e comerciais a serem aferidos pela Embraer, serão muito superiores aos do Programa AM-X.
O Programa Gripen NG Brasil será realmente o “terceiro grande salto” para a Embraer.
Além disso, o Gripen NG para o Brasil estará equipado com sistemas eletrônicos produzidos na empresa Aeroeletrônica, localizada no Rio Grande do Sul, que já fornece sistemas semelhantes para os Super-Tucanos e F-5 modernizados. Esta sinergia trará imensos ganhos operacionais e logísticos para a FAB, além de gerar centenas de empregos de alta tecnologia.
Os armamentos nacionais serão integrados no Brasil, com a participação da empresa Mectron, que atualmente fabrica os mísseis Piranha, MAR-1, e participa do desenvolvimento conjunto com a África do Sul do míssil A-Darter, que por feliz coincidência, utiliza aeronaves Gripen para os seus ensaios de lançamento.
Outro exemplo do processo de transferência de tecnologia da Saab, e a seriedade com que essa empresa está comprometida com o desenvolvimento da aeronave Gripen NG Brasil, é a Akaer, baseada em São José dos Campos, empresa de engenharia especializada em projetos estruturais.
A Akaer já foi contratada pela Saab, independente do resultado do Programa F-X2, para projetar as asas e partes importantes da fuselagem.
20 engenheiros estão na Suécia, desde 30 de agosto, trabalhando no Gripen NG.
Senhores parlamentares, as ofertas de transferência de tecnologia devem contemplar os quatro requisitos citados no início desta exposição, ou seja, que existam entidades nacionais capacitadas tecnologicamente para absorvê-la; que a tecnologia a ser transferida tenha utilidade para as indústrias brasileiras; que a tecnologia seja transmitida por meio de uma metodologia eficaz e que seja acompanhada por uma licença que assegure o total direito de uso para o programa em tela e para qualquer outro de natureza civil ou militar.
E ainda, que esse compromisso esteja contido na Oferta apresentada oficialmente ao Comando da Aeronáutica.
Finalmente, transferência de tecnologia não é feita com base em produtos já desenvolvidos.
Assim, não faz sentido falar em transferência de tecnologia do motor X, ou do radar Y, ou da bomba hidráulica Z.
A Saab e as empresas participantes do Programa Gripen NG possuem todas as tecnologias de interesse do Comando da Aeronáutica, inclusive as relacionadas aos motores aeronáuticos e radares, e estão disponíveis e autorizadas para realizá-las.
Finalizando esta pequena apresentação, gostaria de dizer que o Programa Gripen NG abre para o Brasil uma oportunidade única de dotar a sua Força Aérea, em 2014, com a mais moderna aeronave de caça do mundo, com equipamentos eletrônicos e sistemas de auto-proteção com, no mínimo, 10 anos de vantagens tecnológicas sobre os demais, com uma vantagem incomparável, o de mais baixo preço de aquisição e de operação.
Nenhum outro programa utilizará tantos componentes nacionais, nem proporcionará a criação de postos de trabalho de alta tecnologia como o Programa Gripen NG Brasil.
Muito obrigado!
João Mendes.
Ordem e Progresso.
Ordem e Progresso.
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Discurso de Bob Gower, da Boeing, na Câmara dos Deputados
Projeto F-X2
Escrito por Defesa Brasil
Qua, 14 de Outubro de 2009 16:38
A audiência com representantes dos três concorrentes do Programa F-X2 tratou sobre as propostas de transferência de tecnologia.
Da Redação
A Boeing divulgou a íntegra do discurso de Bob Gower, Vice-Presidente da empresa para os Programas Super Hornet e Growler, na audiência pública na Câmara dos Deputados, junto com a Comissão de Ciência Tecnologia.
Participaram da audiência as empresas concorrentes do Programa F-X2 (Boeing, Saab e Dassault), além dos representantes da Comissão.
Leia:
The Boeing Company
Declaração sobre Transferência de Tecnologia
Senhores membros da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, desejo agradecer a todos pela oportunidade que me foi dada para dirigir-me aos senhores e descrever a proposta do Super Hornet da Boeing para a concorrência do programa F-X2.
Eu sou Bob Gower, vice-presidente da Boeing para os programas Super Hornet e Growler, com sede na cidade de St. Louis (Missouri), onde gerencio e sou responsável por negócios que atingem a cifra de R$ 5 bilhões. Mais uma vez agradeço esta oportunidade que me proporcionaram em estar aqui hoje com os senhores.
Falarei sobre a nossa proposta e os benefícios importantes que ela traz para o Brasil. Descreverei em detalhe os atributos de uma aeronave que não somente é a mais avançada tecnologicamente, mas que para o Brasil é também a mais econômica para adquirir e operar. A nossa proposta representa a melhor opção para a Força Aérea Brasileira e para o povo brasileiro. Falarei ainda com os senhores sobre a oportunidade para construir uma parceria histórica; uma parceria entre as duas maiores democracias deste hemisfério – uma parceria que só traz benefícios ao Brasil e aos Estados Unidos. Estou muito entusiasmado quanto ao futuro que juntos podemos formar.
Mas antes de começar, primeiramente desejo – em meu nome e em nome da Boeing Corporation em Chicago – transmitir nossas congratulações aos senhores pela seleção do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. Tenho certeza de que será um evento verdadeiramente espetacular.
Em segundo lugar, quero ainda congratular os senhores pela imparcialidade, profissionalismo, rigor e transparência que caracterizou esta concorrência conduzida pela Força Aérea Brasileira. Já participei de diversas concorrências internacionais representando aeronaves candidatas da Boeing, e esta estabeleceu um padrão internacional, do qual os senhores e a FAB devem se orgulhar.
O Programa F-X2 acelera a implementação da Estratégia Nacional de Defesa e espero descrever o modesto papel que nossa proposta poderá desempenhar em possibilitar esse futuro. Este assegurará que o Brasil disponha de autonomia nacional quanto as suas aeronaves, bem como amplia a já impressionante posição que a indústria brasileira ocupa como fornecedor de produtos e serviços aeroespaciais a nível global. Entretanto, não basta a transferência de tecnologia para suas aeronaves. O Brasil precisa de transferência de tecnologia que permita que sua indústria sustente negócios não somente em atenção às necessidades do país, mas ainda atenda as crescentes necessidades mundiais. Essa promessa é real e é grande em sua extensão.
Nos primeiros dias de existência da Embraer, foi tecnologia dos Estados Unidos que ajudou a formar a base para expansão daquela empresa, e o mercado dos Estados Unidos é o principal destino da maioria das vendas da Embraer. Acreditamos que a proposta do Super Hornet da Boeing para a concorrência F-X2 possibilitará o mesmo crescimento robusto em múltiplos nichos de mercado. Portanto, um resultado apropriado ao processo do programa F-X2 não somente resultará em avanços para a implementação da Estratégia Nacional de Defesa, mas proporcionará novo impulso às bases comercial, econômica e industrial do Brasil.
Vejo um futuro com brasileiros cientes de que contam com a força aérea mais poderosa da América do Sul. Vislumbro um futuro onde caças Super Hornet serão construídos no Brasil. Enxergo ainda um futuro onde Super Hornet serão mantidos e modernizados por brasileiros. Acredito num futuro onde fuselagens e asas de caças Super Hornet serão exportados pelo Brasil. Vejo um futuro onde engenheiros brasileiros trabalharão lado a lado com seus colegas dos Estados Unidos no desenvolvimento de tecnologias que farão nossos jatos ainda melhores e um futuro no qual aviões KC-390 da Embraer exercem um papel dominante no mercado mundial. Vejo também um futuro onde veículos-aéreos não tripulados, com tecnologia furtiva – projetados, construídos e operados por brasileiros – cruzarão os céus do Brasil. Enxergo um futuro onde o Brasil contará com a capacidade e conhecimento para projetar, construir e vender aeronaves supersônicas. Vejo um futuro onde bio-combustíveis brasileiros serão utilizados por aeronaves comerciais e militares em todo o mundo. Finalmente, vislumbro um futuro onde a Boeing, em parceria com empresas aeroespaciais brasileiras, irá competir e ganhar concorrências nos Estados Unidos – o maior mercado de defesa do mundo.
Este é um grande futuro. Um futuro no qual a Boeing está inteiramente empenhada – assim como a General Electric, Northrop Grumman, Raytheon e outras empresas que são nossas parceiras – e o governo dos Estados Unidos.
Descreverei como esperamos desempenhar para o Brasil um papel modesto nesta empreitada, transformando este futuro em realidade.
A primeira questão a ser abordada é como fornecer um sistema de armas que proporcione segurança e ainda dê autonomia nacional ao Brasil. Este país não pode ser colocado em uma posição onde correrá risco de ser mantido refém de outra nação. A segurança nacional é uma função chave de qualquer governo e não pode ser relegado ao acaso. O primeiro elemento desta segurança é o sistema de armas em si.
O jato Super Hornet oferecido ao Brasil é o mais avançado caça multitarefa disponível hoje no mundo. O Super Hornet é uma aeronave do Século 21. O primeiro Super Hornet entrou em operação em 2001, e o Bloco 2 do Super Hornet – que está sendo oferecido para o Brasil – entrou em operação em 2005. A nossa proposta para o F-X2 inclui as tecnologias mais avançadas e que dão ao Super Hornet a vantagem em condições de combate, e superlativo apoio e manutenção em tempos de paz. Essas tecnologias incluem:
•O mais avançado radar do mundo: o Raytheon APG-79, de varredura ativa eletronicamente escaneada;
•Sistemas integrados de guerra eletrônica e contramedidas eletrônicas de defesa;
•Célula de versatilidade comprovada em diversos ambientes ao redor do mundo;
•Avançada arquitetura de computação;
•Rede de conectividade digital;
•Confiabilidade e capacidade de sobrevivência típicas de aeronave birreator;
•Tecnologias eletro-óticas e infravermelhas de detecção de longo alcance;
•Avançados materiais para estrutura da célula;
•Integração multi-origem de sensores e cabine do piloto;
•Avançada suíte de sistemas de mísseis; e
•Reduzida assinatura de radar.
Além disso, o Super Hornet será modernizado continuamente a fim de assegurar que sempre disponha de vantagem em uma arena de combate. Os Estados Unidos estão financiando um roteiro de desenvolvimento de tecnologia orçado em bilhões de dólares que visa manter o Super Hornet sempre a frente das ameaças ora em evolução. A FAB e a indústria brasileira podem participar das melhorias que serão aplicadas à aeronave, tal como a Austrália já está fazendo com os Super Hornet que adquiriu recentemente. A capacidade de combate desta aeronave é comprovada e dá ao Brasil a vantagem que necessita. A meta verdadeira de qualquer equipamento militar é evitar a possibilidade de conflito, e o Super Hornet assegurará ao Brasil a indispensável liderança tecnológica para evitar tais conflitos.
Políticos nos Estados Unidos descrevem o programa Super Hornet como um exemplo de aquisição no setor de defesa. Nós fornecemos esta grande capacidade e a Boeing já entregou 400 aviões de caça Super Hornet dentro ou antes do prazo. Igualmente, entregaremos os Super Hornet brasileiros dentro, ou antes do prazo.
Apoio político também tem sido forte através da perspectiva do contribuinte. Fornecemos esse expressivo desempenho de entregas por um valor que está bem abaixo de qualquer outra opção à disposição dos Estados Unidos. Estamos confiantes de que podemos repetir esse desempenho aqui no Brasil. Um programa nacional desta envergadura exige confiança de que o programa cumprirá o cronograma estabelecido e a certeza quanto a custos; e o Super Hornet oferece ambos.
O segundo elemento exigido na área de segurança é a autonomia nacional para manter e modernizar as aeronaves adquiridas. A fim de apoiar diretamente as metas brasileiras de autonomia nacional, a Boeing transferirá “hardware”, as instalações, o conhecimento e dará treinamento que possibilitará à FAB e à indústria brasileira adquirirem a capacitação necessária para apoiar e gerenciar o Super Hornet durante os próximos trinta anos. Estes benefícios permitirão ainda que o Brasil possa aplicá-los em futuros projetos aeroespaciais brasileiros. Esta transferência inclui:
•Apoio e manutenção dos Super Hornet;
•Montagem final das aeronaves no Brasil;
•Conjuntos estruturais para os Super Hornet brasileiros e de outros clientes desta aeronave;
•Operações de ensaios em vôo no Brasil com aeronaves instrumentadas;
•Integração de armas;
•Treinamento de missão distribuída;
•Manuais técnicos eletrônicos integrados;
•Produção, montagem, inspeção, ensaios e ferramental de componentes do motor;
•Desenvolvimento de software, incluindo desenvolvimento de instalações;
•Geração do arquivo de dados de ameaças.
Cada uma destas tecnologias possui projetos a elas associados, que visam garantir a transferência de tecnologia e sua aplicação. Isto é o que de fato proporcionará duradouro benefício da tecnologia transferida.
O terceiro e último elemento da área de segurança que hoje apresentarei se refere a garantias. O Brasil deve contar com a garantia de que as propostas do programa F-X2 serão cumpridas sem restrições governamentais. A sessão de hoje nos permite publicamente reafirmar que os Estados Unidos estão firmemente apoiando a venda de caças Super Hornet ao Brasil, concretizando medidas inéditas para atender aos objetivos brasileiros quanto à transferência de tecnologia. A noção de que os Estados Unidos resistirá ou de alguma forma irá limitar a transferência de tecnologia é, simplesmente, exagero de alguns e desejo citar alguns exemplos que evidenciam o apoio sem precedentes em prol de uma parceria mais forte com o Brasil e a Força Aérea Brasileira.
Primeiro, ao contrário dos contratos comerciais que poderiam existir entre o Brasil e os demais concorrentes, a venda dos Super Hornets se dará através de um contrato entre o governo norte americano e o governo brasileiro. O apoio e plena fé do governo dos Estados Unidos foram obtidos por escrito antes mesmo da entrega da proposta. Reforçando a posição de seu governo, o Presidente Obama, enviou ao Brasil em agosto, membros do alto escalão dos Departamentos de Defesa e de Estado. Eles asseguraram que nada contido na proposta da Boeing será sujeito a nova revisão. Esta garantia é tão firme quanto qualquer garantia que possa ser oferecida por nossos competidores e seus respectivos governos.
Outro exemplo desta ação inédita por parte do governo dos Estados Unidos é a aprovação dada pelo Congresso à venda das aeronaves e transferência das tecnologias associadas ao Super Hornet. De acordo com as leis vigentes no país, o Congresso dos Estados Unidos deverá ser notificado sobre futuras vendas militares. Caso não existam objeções à venda dentro do prazo regulamentar de 30 dias, a venda é dada como autorizada pelo Congresso dos Estados Unidos. No caso do Brasil, foi justamente o que aconteceu no início de setembro deste ano. Além disso, estas notificações são geralmente emitidas após a seleção do produto sendo vendido e um mês antes da assinatura do contrato. No caso do Brasil e visando transmitir o pleno e total apoio à venda dos Super Hornet ao Brasil, o Congresso dos Estados Unidos acelerou este processo para que acontecesse antes mesmo da escolha do Super Hornet. O Congresso reconheceu as preocupações brasileiras existentes entre aqueles que fazem parte do processo decisório, e assim tomou esta iniciativa sem precedentes como forma de demonstrar apoio e solidariedade à venda deste equipamento militar ao Brasil.
O Super Hornet é o caça mais tecnologicamente avançado entre aqueles participando desta concorrência, e a tecnologia para apoiar e modernizar esta aeronave residirá no Brasil. Os Estados Unidos obtiveram todas as autorizações para que isto se concretize, proporcionando ao Brasil a segurança que precisa.
Por ser a maior empresa aeroespacial do mundo, um dos benefícios que a Boeing oferece com a proposta do Super Hornet vai bem além da aeronave em si. Forneceremos tecnologias adicionais que ampliarão a capacidade da indústria brasileira, gerando maior crescimento, oportunidade de empregos e receita ao Brasil. O nosso pacote de compensações comerciais (offset) inclui os seguintes projetos:
•Pesquisa em aerodinâmica supersônica através do primeiro túnel de vento tri-sônico no Brasil, que apoiará projetos tais como desenvolvimento de futuras aeronaves militares e jatos executivos supersônicos;
•Centro de modelagem e simulação com a capacidade para modelar futuros projetos comerciais e militares, e seus benefícios – Isso auxiliará na geração de requisitos para um caça de 5ª geração, ou sistemas comerciais ou militares de grande escala como monitoramento dos campos de petróleo do pré-sal ou segurança das fronteiras da Amazônia;
•Treinamento de minimização da assinatura radar e tecnologias stealth (furtividade);
•Tecnologias de usinagem;
•Tecnologia de materiais avançados e sua fabricação;
•Análise e reparo de danos em materiais compostos;
•Fabricação de material eletrônico;
•Sistemas micro eletro-mecânicos;
•Veículos aéreos não-tripulados;
•Tecnologias de segurança interna para avaliar infra-estruturas críticas no Brasil;
•Gerenciamento de estoque através de sistemas automatizados de rastreamento e resposta;
•Desenvolvimento e treinamento de currículo aeroespacial; e
•Apoio e co-desenvolvimento do KC-390 no que tange áreas críticas de projeto.
Dentro da Boeing demos considerável atenção aos complexos requisitos de defesa do Brasil. Como parte deste processo, entendemos que o Brasil está comprando um avião em 2009 que será utilizado até, no mínimo, 2040. Esta perspectiva de longo prazo nos levou a garantir que teremos capacidade para manter e modernizar o Super Hornet. Ao examinar este aspecto, reafirmamos a nossa certeza de que o Brasil merece a tecnologia existente hoje e aquela que estará disponível em 2040. Com este objetivo, gostaria de anunciar que nos comprometemos a criar no Brasil o Centro Integrado de Capacitação da Boeing que focalizará na evolução da próxima geração de tecnologias. Este centro focalizará suas atividades na transferência ao Brasil de futuras tecnologias desenvolvidas nos Estados Unidos, bem como identificará futuras tecnologias desenvolvidas no Brasil para exportação. Esta é a verdadeira parceria que buscamos.
O principal e indiscutível fato é que a Boeing oferece ao Brasil e à indústria brasileira a melhor perspectiva de sucesso econômico a longo prazo. A Boeing e seus principais fornecedores registram faturamentos anuais de quase R$ 1 trilhão. Sozinha, a Boeing anualmente adquire de seus fornecedores mais de R$ 60 bilhões em materiais. Além das oportunidades presentes entre os parceiros industriais do Super Hornet, existe o acesso ao maior mercado de defesa do mundo, que é de 10 a 100 vezes maior do que o mercado de nossos concorrentes. A escolha da solução Boeing para o programa F-X2 faz com que este mercado esteja mais prontamente acessível, assim promovendo crescimento, geração de empregos e receitas. Este é um benefício que nossos competidores não conseguem igualar.
Os senhores ouvirão hoje as exposições dos três concorrentes ao programa F-X2. Talvez seja difícil avaliar as diferenças entre as diferentes propostas. Reafirmo que o que está sendo oferecido pela Boeing é a reputação de uma empresa sólida que cumpre seus compromissos. Com a Boeing, promessas feitas são promessas honradas. A Boeing jamais deixou de cumprir com suas obrigações de compensações comerciais (offset), e a nível mundial já concluiu mais de R$ 50 bilhões em obrigações industriais antes ou dentro do prazo. Com o F-X2, a Boeing proporcionará ao Brasil um retorno de R$ 10 bilhões. O governo brasileiro pode ter plena confiança de que as tecnologias retro-mencionadas, junto com o pacote de compensações comerciais delineados na proposta da Boeing, atenderão aos requisitos da FAB e serão entregues dentro do prazo.
Os Estados Unidos e a Boeing acreditam que o Brasil é um parceiro, e não somente um cliente. O pacote de transferência de tecnologia enfatiza nossa visão de um relacionamento bilateral que se estenderá pelo Século 21. Estamos transferindo tecnologia para fazer com que o F-X2 seja um sucesso para o Brasil e estamos proporcionando acesso ao maior mercado de defesa do mundo para assegurar que a transferência de tecnologia leve a duradouros negócios com crescimento verdadeiro em termos de empregos no Brasil.
Acreditamos que os Estados Unidos oferecem a tecnologia que o Brasil exige. Acreditamos ainda que a transferência de tecnologia que consta em nossa proposta oferece os maiores benefícios a curto e longo prazos. Entendemos que esta transferência de tecnologia, que conta com a aprovação do governo dos Estados Unidos atende aos requisitos especificados na solicitação de propostas (RFP) do programa F-X2. É com entusiasmo que aguardamos o futuro próximo, no qual empresas brasileiras estarão gerando ainda mais receitas com a venda de seus produtos no maior mercado de defesa do mundo – os Estados Unidos – mais do que poderiam com qualquer outra escolha.
A decisão a favor do Super Hornet requer um nível de confiança ainda maior entre nossos países. A Boeing e o governo dos Estados Unidos portaram-se com honestidade e integridade durante todo o processo deste programa, em estrita obediência às diretrizes da concorrência. Abstivemo-nos das exageradas declarações quanto a geração de empregos e prometemos somente aquilo que poderemos de fato honrar. A Força Aérea Brasileira e a indústria brasileira reconhecem a forma através da qual conduzimos nossos negócios. Peço aos senhores seu apoio e confiança agora que ingressamos na última etapa desta campanha.
Os Estados Unidos e a Boeing buscam a ampliação das relações comerciais estratégicas que já existem entre nossos países, e buscam manter abertos os mercados de defesa do Brasil e dos Estados Unidos. As duas maiores forças militares do nosso hemisfério podem trabalhar em conjunto em busca da paz através da dissuasão. Escolher o Super Hornet pode acelerar esta cooperação e dar início à eliminação da falta de confiança que surgiu ao longo de algumas gerações. Isto só trará benefícios para nossos países.
Tem sido uma honra e privilégio conhecer melhor o Brasil como conseqüência desta concorrência. O Brasil é uma grande potência na economia mundial e crescerá ainda mais no futuro. Estou esperançoso de que possamos usar a campanha do F-X2 para incrementar as relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos. Estou consciente de que com o tamanho e importância do Brasil, os senhores desenvolverão muitas relações estratégicas de defesa e tenho esperança de que os parceiros Boeing e Super Hornet possam desempenhar um pequeno, mas importante papel no crescimento da parceria entre o Brasil e os Estados Unidos nos níveis governamental, industrial e militar.
Os negócios da Boeing são vibrantes e estaremos aqui hoje e amanhã, e estaremos presentes quando o caça que comprarem hoje for aposentado daqui a muitas décadas. Oferecemos um produto de comprovada eficiência e qualidade, transferência de tecnologia igualmente demonstrada e preço que o contribuinte apreciará – tudo sem riscos na entrega e ao mesmo tempo oferecendo acesso ao maior mercado aeroespacial do mundo - sustentando a tecnologia que foi transferida. Esta é a melhor solução para a segurança do Brasil e para o crescimento de sua indústria e, portanto, peço aos senhores seu apoio à proposta da Boeing para a concorrência do programa F-X2.
Agora me coloco à disposição dos senhores para responder quaisquer perguntas, esclarecer dúvidas, e oferecer informações complementares que acreditam serem necessárias para determinar qual das propostas é a melhor para o Brasil.
Projeto F-X2
Escrito por Defesa Brasil
Qua, 14 de Outubro de 2009 16:38
A audiência com representantes dos três concorrentes do Programa F-X2 tratou sobre as propostas de transferência de tecnologia.
Da Redação
A Boeing divulgou a íntegra do discurso de Bob Gower, Vice-Presidente da empresa para os Programas Super Hornet e Growler, na audiência pública na Câmara dos Deputados, junto com a Comissão de Ciência Tecnologia.
Participaram da audiência as empresas concorrentes do Programa F-X2 (Boeing, Saab e Dassault), além dos representantes da Comissão.
Leia:
The Boeing Company
Declaração sobre Transferência de Tecnologia
Senhores membros da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, desejo agradecer a todos pela oportunidade que me foi dada para dirigir-me aos senhores e descrever a proposta do Super Hornet da Boeing para a concorrência do programa F-X2.
Eu sou Bob Gower, vice-presidente da Boeing para os programas Super Hornet e Growler, com sede na cidade de St. Louis (Missouri), onde gerencio e sou responsável por negócios que atingem a cifra de R$ 5 bilhões. Mais uma vez agradeço esta oportunidade que me proporcionaram em estar aqui hoje com os senhores.
Falarei sobre a nossa proposta e os benefícios importantes que ela traz para o Brasil. Descreverei em detalhe os atributos de uma aeronave que não somente é a mais avançada tecnologicamente, mas que para o Brasil é também a mais econômica para adquirir e operar. A nossa proposta representa a melhor opção para a Força Aérea Brasileira e para o povo brasileiro. Falarei ainda com os senhores sobre a oportunidade para construir uma parceria histórica; uma parceria entre as duas maiores democracias deste hemisfério – uma parceria que só traz benefícios ao Brasil e aos Estados Unidos. Estou muito entusiasmado quanto ao futuro que juntos podemos formar.
Mas antes de começar, primeiramente desejo – em meu nome e em nome da Boeing Corporation em Chicago – transmitir nossas congratulações aos senhores pela seleção do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. Tenho certeza de que será um evento verdadeiramente espetacular.
Em segundo lugar, quero ainda congratular os senhores pela imparcialidade, profissionalismo, rigor e transparência que caracterizou esta concorrência conduzida pela Força Aérea Brasileira. Já participei de diversas concorrências internacionais representando aeronaves candidatas da Boeing, e esta estabeleceu um padrão internacional, do qual os senhores e a FAB devem se orgulhar.
O Programa F-X2 acelera a implementação da Estratégia Nacional de Defesa e espero descrever o modesto papel que nossa proposta poderá desempenhar em possibilitar esse futuro. Este assegurará que o Brasil disponha de autonomia nacional quanto as suas aeronaves, bem como amplia a já impressionante posição que a indústria brasileira ocupa como fornecedor de produtos e serviços aeroespaciais a nível global. Entretanto, não basta a transferência de tecnologia para suas aeronaves. O Brasil precisa de transferência de tecnologia que permita que sua indústria sustente negócios não somente em atenção às necessidades do país, mas ainda atenda as crescentes necessidades mundiais. Essa promessa é real e é grande em sua extensão.
Nos primeiros dias de existência da Embraer, foi tecnologia dos Estados Unidos que ajudou a formar a base para expansão daquela empresa, e o mercado dos Estados Unidos é o principal destino da maioria das vendas da Embraer. Acreditamos que a proposta do Super Hornet da Boeing para a concorrência F-X2 possibilitará o mesmo crescimento robusto em múltiplos nichos de mercado. Portanto, um resultado apropriado ao processo do programa F-X2 não somente resultará em avanços para a implementação da Estratégia Nacional de Defesa, mas proporcionará novo impulso às bases comercial, econômica e industrial do Brasil.
Vejo um futuro com brasileiros cientes de que contam com a força aérea mais poderosa da América do Sul. Vislumbro um futuro onde caças Super Hornet serão construídos no Brasil. Enxergo ainda um futuro onde Super Hornet serão mantidos e modernizados por brasileiros. Acredito num futuro onde fuselagens e asas de caças Super Hornet serão exportados pelo Brasil. Vejo um futuro onde engenheiros brasileiros trabalharão lado a lado com seus colegas dos Estados Unidos no desenvolvimento de tecnologias que farão nossos jatos ainda melhores e um futuro no qual aviões KC-390 da Embraer exercem um papel dominante no mercado mundial. Vejo também um futuro onde veículos-aéreos não tripulados, com tecnologia furtiva – projetados, construídos e operados por brasileiros – cruzarão os céus do Brasil. Enxergo um futuro onde o Brasil contará com a capacidade e conhecimento para projetar, construir e vender aeronaves supersônicas. Vejo um futuro onde bio-combustíveis brasileiros serão utilizados por aeronaves comerciais e militares em todo o mundo. Finalmente, vislumbro um futuro onde a Boeing, em parceria com empresas aeroespaciais brasileiras, irá competir e ganhar concorrências nos Estados Unidos – o maior mercado de defesa do mundo.
Este é um grande futuro. Um futuro no qual a Boeing está inteiramente empenhada – assim como a General Electric, Northrop Grumman, Raytheon e outras empresas que são nossas parceiras – e o governo dos Estados Unidos.
Descreverei como esperamos desempenhar para o Brasil um papel modesto nesta empreitada, transformando este futuro em realidade.
A primeira questão a ser abordada é como fornecer um sistema de armas que proporcione segurança e ainda dê autonomia nacional ao Brasil. Este país não pode ser colocado em uma posição onde correrá risco de ser mantido refém de outra nação. A segurança nacional é uma função chave de qualquer governo e não pode ser relegado ao acaso. O primeiro elemento desta segurança é o sistema de armas em si.
O jato Super Hornet oferecido ao Brasil é o mais avançado caça multitarefa disponível hoje no mundo. O Super Hornet é uma aeronave do Século 21. O primeiro Super Hornet entrou em operação em 2001, e o Bloco 2 do Super Hornet – que está sendo oferecido para o Brasil – entrou em operação em 2005. A nossa proposta para o F-X2 inclui as tecnologias mais avançadas e que dão ao Super Hornet a vantagem em condições de combate, e superlativo apoio e manutenção em tempos de paz. Essas tecnologias incluem:
•O mais avançado radar do mundo: o Raytheon APG-79, de varredura ativa eletronicamente escaneada;
•Sistemas integrados de guerra eletrônica e contramedidas eletrônicas de defesa;
•Célula de versatilidade comprovada em diversos ambientes ao redor do mundo;
•Avançada arquitetura de computação;
•Rede de conectividade digital;
•Confiabilidade e capacidade de sobrevivência típicas de aeronave birreator;
•Tecnologias eletro-óticas e infravermelhas de detecção de longo alcance;
•Avançados materiais para estrutura da célula;
•Integração multi-origem de sensores e cabine do piloto;
•Avançada suíte de sistemas de mísseis; e
•Reduzida assinatura de radar.
Além disso, o Super Hornet será modernizado continuamente a fim de assegurar que sempre disponha de vantagem em uma arena de combate. Os Estados Unidos estão financiando um roteiro de desenvolvimento de tecnologia orçado em bilhões de dólares que visa manter o Super Hornet sempre a frente das ameaças ora em evolução. A FAB e a indústria brasileira podem participar das melhorias que serão aplicadas à aeronave, tal como a Austrália já está fazendo com os Super Hornet que adquiriu recentemente. A capacidade de combate desta aeronave é comprovada e dá ao Brasil a vantagem que necessita. A meta verdadeira de qualquer equipamento militar é evitar a possibilidade de conflito, e o Super Hornet assegurará ao Brasil a indispensável liderança tecnológica para evitar tais conflitos.
Políticos nos Estados Unidos descrevem o programa Super Hornet como um exemplo de aquisição no setor de defesa. Nós fornecemos esta grande capacidade e a Boeing já entregou 400 aviões de caça Super Hornet dentro ou antes do prazo. Igualmente, entregaremos os Super Hornet brasileiros dentro, ou antes do prazo.
Apoio político também tem sido forte através da perspectiva do contribuinte. Fornecemos esse expressivo desempenho de entregas por um valor que está bem abaixo de qualquer outra opção à disposição dos Estados Unidos. Estamos confiantes de que podemos repetir esse desempenho aqui no Brasil. Um programa nacional desta envergadura exige confiança de que o programa cumprirá o cronograma estabelecido e a certeza quanto a custos; e o Super Hornet oferece ambos.
O segundo elemento exigido na área de segurança é a autonomia nacional para manter e modernizar as aeronaves adquiridas. A fim de apoiar diretamente as metas brasileiras de autonomia nacional, a Boeing transferirá “hardware”, as instalações, o conhecimento e dará treinamento que possibilitará à FAB e à indústria brasileira adquirirem a capacitação necessária para apoiar e gerenciar o Super Hornet durante os próximos trinta anos. Estes benefícios permitirão ainda que o Brasil possa aplicá-los em futuros projetos aeroespaciais brasileiros. Esta transferência inclui:
•Apoio e manutenção dos Super Hornet;
•Montagem final das aeronaves no Brasil;
•Conjuntos estruturais para os Super Hornet brasileiros e de outros clientes desta aeronave;
•Operações de ensaios em vôo no Brasil com aeronaves instrumentadas;
•Integração de armas;
•Treinamento de missão distribuída;
•Manuais técnicos eletrônicos integrados;
•Produção, montagem, inspeção, ensaios e ferramental de componentes do motor;
•Desenvolvimento de software, incluindo desenvolvimento de instalações;
•Geração do arquivo de dados de ameaças.
Cada uma destas tecnologias possui projetos a elas associados, que visam garantir a transferência de tecnologia e sua aplicação. Isto é o que de fato proporcionará duradouro benefício da tecnologia transferida.
O terceiro e último elemento da área de segurança que hoje apresentarei se refere a garantias. O Brasil deve contar com a garantia de que as propostas do programa F-X2 serão cumpridas sem restrições governamentais. A sessão de hoje nos permite publicamente reafirmar que os Estados Unidos estão firmemente apoiando a venda de caças Super Hornet ao Brasil, concretizando medidas inéditas para atender aos objetivos brasileiros quanto à transferência de tecnologia. A noção de que os Estados Unidos resistirá ou de alguma forma irá limitar a transferência de tecnologia é, simplesmente, exagero de alguns e desejo citar alguns exemplos que evidenciam o apoio sem precedentes em prol de uma parceria mais forte com o Brasil e a Força Aérea Brasileira.
Primeiro, ao contrário dos contratos comerciais que poderiam existir entre o Brasil e os demais concorrentes, a venda dos Super Hornets se dará através de um contrato entre o governo norte americano e o governo brasileiro. O apoio e plena fé do governo dos Estados Unidos foram obtidos por escrito antes mesmo da entrega da proposta. Reforçando a posição de seu governo, o Presidente Obama, enviou ao Brasil em agosto, membros do alto escalão dos Departamentos de Defesa e de Estado. Eles asseguraram que nada contido na proposta da Boeing será sujeito a nova revisão. Esta garantia é tão firme quanto qualquer garantia que possa ser oferecida por nossos competidores e seus respectivos governos.
Outro exemplo desta ação inédita por parte do governo dos Estados Unidos é a aprovação dada pelo Congresso à venda das aeronaves e transferência das tecnologias associadas ao Super Hornet. De acordo com as leis vigentes no país, o Congresso dos Estados Unidos deverá ser notificado sobre futuras vendas militares. Caso não existam objeções à venda dentro do prazo regulamentar de 30 dias, a venda é dada como autorizada pelo Congresso dos Estados Unidos. No caso do Brasil, foi justamente o que aconteceu no início de setembro deste ano. Além disso, estas notificações são geralmente emitidas após a seleção do produto sendo vendido e um mês antes da assinatura do contrato. No caso do Brasil e visando transmitir o pleno e total apoio à venda dos Super Hornet ao Brasil, o Congresso dos Estados Unidos acelerou este processo para que acontecesse antes mesmo da escolha do Super Hornet. O Congresso reconheceu as preocupações brasileiras existentes entre aqueles que fazem parte do processo decisório, e assim tomou esta iniciativa sem precedentes como forma de demonstrar apoio e solidariedade à venda deste equipamento militar ao Brasil.
O Super Hornet é o caça mais tecnologicamente avançado entre aqueles participando desta concorrência, e a tecnologia para apoiar e modernizar esta aeronave residirá no Brasil. Os Estados Unidos obtiveram todas as autorizações para que isto se concretize, proporcionando ao Brasil a segurança que precisa.
Por ser a maior empresa aeroespacial do mundo, um dos benefícios que a Boeing oferece com a proposta do Super Hornet vai bem além da aeronave em si. Forneceremos tecnologias adicionais que ampliarão a capacidade da indústria brasileira, gerando maior crescimento, oportunidade de empregos e receita ao Brasil. O nosso pacote de compensações comerciais (offset) inclui os seguintes projetos:
•Pesquisa em aerodinâmica supersônica através do primeiro túnel de vento tri-sônico no Brasil, que apoiará projetos tais como desenvolvimento de futuras aeronaves militares e jatos executivos supersônicos;
•Centro de modelagem e simulação com a capacidade para modelar futuros projetos comerciais e militares, e seus benefícios – Isso auxiliará na geração de requisitos para um caça de 5ª geração, ou sistemas comerciais ou militares de grande escala como monitoramento dos campos de petróleo do pré-sal ou segurança das fronteiras da Amazônia;
•Treinamento de minimização da assinatura radar e tecnologias stealth (furtividade);
•Tecnologias de usinagem;
•Tecnologia de materiais avançados e sua fabricação;
•Análise e reparo de danos em materiais compostos;
•Fabricação de material eletrônico;
•Sistemas micro eletro-mecânicos;
•Veículos aéreos não-tripulados;
•Tecnologias de segurança interna para avaliar infra-estruturas críticas no Brasil;
•Gerenciamento de estoque através de sistemas automatizados de rastreamento e resposta;
•Desenvolvimento e treinamento de currículo aeroespacial; e
•Apoio e co-desenvolvimento do KC-390 no que tange áreas críticas de projeto.
Dentro da Boeing demos considerável atenção aos complexos requisitos de defesa do Brasil. Como parte deste processo, entendemos que o Brasil está comprando um avião em 2009 que será utilizado até, no mínimo, 2040. Esta perspectiva de longo prazo nos levou a garantir que teremos capacidade para manter e modernizar o Super Hornet. Ao examinar este aspecto, reafirmamos a nossa certeza de que o Brasil merece a tecnologia existente hoje e aquela que estará disponível em 2040. Com este objetivo, gostaria de anunciar que nos comprometemos a criar no Brasil o Centro Integrado de Capacitação da Boeing que focalizará na evolução da próxima geração de tecnologias. Este centro focalizará suas atividades na transferência ao Brasil de futuras tecnologias desenvolvidas nos Estados Unidos, bem como identificará futuras tecnologias desenvolvidas no Brasil para exportação. Esta é a verdadeira parceria que buscamos.
O principal e indiscutível fato é que a Boeing oferece ao Brasil e à indústria brasileira a melhor perspectiva de sucesso econômico a longo prazo. A Boeing e seus principais fornecedores registram faturamentos anuais de quase R$ 1 trilhão. Sozinha, a Boeing anualmente adquire de seus fornecedores mais de R$ 60 bilhões em materiais. Além das oportunidades presentes entre os parceiros industriais do Super Hornet, existe o acesso ao maior mercado de defesa do mundo, que é de 10 a 100 vezes maior do que o mercado de nossos concorrentes. A escolha da solução Boeing para o programa F-X2 faz com que este mercado esteja mais prontamente acessível, assim promovendo crescimento, geração de empregos e receitas. Este é um benefício que nossos competidores não conseguem igualar.
Os senhores ouvirão hoje as exposições dos três concorrentes ao programa F-X2. Talvez seja difícil avaliar as diferenças entre as diferentes propostas. Reafirmo que o que está sendo oferecido pela Boeing é a reputação de uma empresa sólida que cumpre seus compromissos. Com a Boeing, promessas feitas são promessas honradas. A Boeing jamais deixou de cumprir com suas obrigações de compensações comerciais (offset), e a nível mundial já concluiu mais de R$ 50 bilhões em obrigações industriais antes ou dentro do prazo. Com o F-X2, a Boeing proporcionará ao Brasil um retorno de R$ 10 bilhões. O governo brasileiro pode ter plena confiança de que as tecnologias retro-mencionadas, junto com o pacote de compensações comerciais delineados na proposta da Boeing, atenderão aos requisitos da FAB e serão entregues dentro do prazo.
Os Estados Unidos e a Boeing acreditam que o Brasil é um parceiro, e não somente um cliente. O pacote de transferência de tecnologia enfatiza nossa visão de um relacionamento bilateral que se estenderá pelo Século 21. Estamos transferindo tecnologia para fazer com que o F-X2 seja um sucesso para o Brasil e estamos proporcionando acesso ao maior mercado de defesa do mundo para assegurar que a transferência de tecnologia leve a duradouros negócios com crescimento verdadeiro em termos de empregos no Brasil.
Acreditamos que os Estados Unidos oferecem a tecnologia que o Brasil exige. Acreditamos ainda que a transferência de tecnologia que consta em nossa proposta oferece os maiores benefícios a curto e longo prazos. Entendemos que esta transferência de tecnologia, que conta com a aprovação do governo dos Estados Unidos atende aos requisitos especificados na solicitação de propostas (RFP) do programa F-X2. É com entusiasmo que aguardamos o futuro próximo, no qual empresas brasileiras estarão gerando ainda mais receitas com a venda de seus produtos no maior mercado de defesa do mundo – os Estados Unidos – mais do que poderiam com qualquer outra escolha.
A decisão a favor do Super Hornet requer um nível de confiança ainda maior entre nossos países. A Boeing e o governo dos Estados Unidos portaram-se com honestidade e integridade durante todo o processo deste programa, em estrita obediência às diretrizes da concorrência. Abstivemo-nos das exageradas declarações quanto a geração de empregos e prometemos somente aquilo que poderemos de fato honrar. A Força Aérea Brasileira e a indústria brasileira reconhecem a forma através da qual conduzimos nossos negócios. Peço aos senhores seu apoio e confiança agora que ingressamos na última etapa desta campanha.
Os Estados Unidos e a Boeing buscam a ampliação das relações comerciais estratégicas que já existem entre nossos países, e buscam manter abertos os mercados de defesa do Brasil e dos Estados Unidos. As duas maiores forças militares do nosso hemisfério podem trabalhar em conjunto em busca da paz através da dissuasão. Escolher o Super Hornet pode acelerar esta cooperação e dar início à eliminação da falta de confiança que surgiu ao longo de algumas gerações. Isto só trará benefícios para nossos países.
Tem sido uma honra e privilégio conhecer melhor o Brasil como conseqüência desta concorrência. O Brasil é uma grande potência na economia mundial e crescerá ainda mais no futuro. Estou esperançoso de que possamos usar a campanha do F-X2 para incrementar as relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos. Estou consciente de que com o tamanho e importância do Brasil, os senhores desenvolverão muitas relações estratégicas de defesa e tenho esperança de que os parceiros Boeing e Super Hornet possam desempenhar um pequeno, mas importante papel no crescimento da parceria entre o Brasil e os Estados Unidos nos níveis governamental, industrial e militar.
Os negócios da Boeing são vibrantes e estaremos aqui hoje e amanhã, e estaremos presentes quando o caça que comprarem hoje for aposentado daqui a muitas décadas. Oferecemos um produto de comprovada eficiência e qualidade, transferência de tecnologia igualmente demonstrada e preço que o contribuinte apreciará – tudo sem riscos na entrega e ao mesmo tempo oferecendo acesso ao maior mercado aeroespacial do mundo - sustentando a tecnologia que foi transferida. Esta é a melhor solução para a segurança do Brasil e para o crescimento de sua indústria e, portanto, peço aos senhores seu apoio à proposta da Boeing para a concorrência do programa F-X2.
Agora me coloco à disposição dos senhores para responder quaisquer perguntas, esclarecer dúvidas, e oferecer informações complementares que acreditam serem necessárias para determinar qual das propostas é a melhor para o Brasil.
João Mendes.
Ordem e Progresso.
Ordem e Progresso.
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- Registrado: 08 May 2006, 21:23
Iris escribió:galix escribió:Insisto con que ese contrato es francés
Saludos
Es lo más lógico, por las notificaciones realizadas por el presidente Lula. Por las transferencias y negociaciones habidas y por que es el avión más cojonudo de los tres. ........ Pero para afirmarlo tú así de contundente, me imagino que tendrás ya alguna prueba fehaciente ¿no?, ¿o tienes una bola de cristal mágica de adivino?, te ruego nos enseñes tus pruebas y data dura , para tal afirmación tan categórica. ¿ O era sólo "postear por postear" ? .
.- Saludos.
Si fuese el unico en postear por AFINIDAD ? y sin pruebas
Por ejemplo, quien posteo este modelo de veracidad e imparcialidad ?
¿Exprimir a los franceses?, hummm. es cosa "harto dificil", ya sabes que son "muy suyos" y valoran muchísimo su "grandeaur", lo que además les alabo. No sería la primera vez que han dejado a buenos clientes en la cuneta. Saludos.
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Iris escribió:vet327 escribió:Iris escribió:galix escribió:Insisto con que ese contrato es francés
Saludos
Es lo más lógico, por las notificaciones realizadas por el presidente Lula. Por las transferencias y negociaciones habidas y por que es el avión más cojonudo de los tres. ........ Pero para afirmarlo tú así de contundente, me imagino que tendrás ya alguna prueba fehaciente ¿no?, ¿o tienes una bola de cristal mágica de adivino?, te ruego nos enseñes tus pruebas y data dura , para tal afirmación tan categórica. ¿ O era sólo "postear por postear" ? .
.- Saludos.
Si fuese el unico en postear por AFINIDAD ? y sin pruebas
Por ejemplo, quien posteo este modelo de veracidad e imparcialidad ?¿Exprimir a los franceses?, hummm. es cosa "harto dificil", ya sabes que son "muy suyos" y valoran muchísimo su "grandeaur", lo que además les alabo. No sería la primera vez que han dejado a buenos clientes en la cuneta. Saludos.
¿Hablamos de los Exocet y Argentina?, ¿de Mirage e Israel?, etc.,...
.- Saludos.
Si quieres te suena de algo "embargo internacional ?"
Sin embargo podemos hablar de aviones fabricados en un pais al sur de los Pirineos y que NO se pueden vender a clientes que los habian encargado por el VETO de una gran potencia que no es Francia
Eso si que es un timo
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galix escribió:Considero que el contrato es francés porque los suecos están amarrados al problema del motor del avión. Los estadounidenses ofrecen aviones y los franceses ofrecen aviones y submarino nuclear.
Obviamente es de acuerdo a lo que he leído
Saludos
São 2 contratos diferentes galix. Não estão atrelados.
Saudações.
João Mendes.
Ordem e Progresso.
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- Suboficial Primero
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JoãoBR escribió:galix escribió:Considero que el contrato es francés porque los suecos están amarrados al problema del motor del avión. Los estadounidenses ofrecen aviones y los franceses ofrecen aviones y submarino nuclear.
Obviamente es de acuerdo a lo que he leído
Saludos
São 2 contratos diferentes galix. Não estão atrelados.
Saudações.
Diferentes sim, mas voce nao acha que tem um peso e tanto? Eu acho que ele quis dizer isso, os franceses oferecem alem dos avioes, o submarino nuclear.
obs: peco desculpas pela falta de acentuacao, o teclado esta desconfigurado.
saudaçoes
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- Teniente Coronel
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Caio escribió:JoãoBR escribió:galix escribió:Considero que el contrato es francés porque los suecos están amarrados al problema del motor del avión. Los estadounidenses ofrecen aviones y los franceses ofrecen aviones y submarino nuclear.
Obviamente es de acuerdo a lo que he leído
Saludos
São 2 contratos diferentes galix. Não estão atrelados.
Saudações.
Diferentes sim, mas voce nao acha que tem um peso e tanto? Eu acho que ele quis dizer isso, os franceses oferecem alem dos avioes, o submarino nuclear.
obs: peco desculpas pela falta de acentuacao, o teclado esta desconfigurado.
saudaçoes
O contrato com os submarinos é algo realmente separado, pois tem a ver com a negociação dos Scorpene. Compramos o Scorpene e eles nos ajudam na questão do casco Nuclear
Abraços
AD ASTRA PER ASPERA
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- Suboficial Primero
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Comissão encaminha parecer sobre o F-X2 na próxima semana
Anúncio do vencedor deve sair até o dia 30 de novembro
A comissão da Aeronáutica responsável por analisar as propostas de venda de 36 aviões-caças ao Brasil deve encaminhar na próxima semana ao alto comando da FAB (Força Aérea Brasileira) as conclusões do trabalho – com a indicação técnica da melhor oferta feita ao governo brasileiro para a compra das aeronaves. A expectativa de parlamentares ligados ao alto comando aeronáutico é de que, até o dia 30 de novembro, o governo federal anuncie o país vencedor da concorrência para a compra dos aviões.
A reportagem apurou que, até agora, somente o ministro Nelson Jobim (Defesa) teria analisado o teor do relatório. O comando da Aeronáutica também vai dar o seu parecer sobre a compra antes de encaminhá-lo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que vai dar a palavra final sobre a escolha dos aviões. Lula prometeu reunir o Conselho de Defesa Nacional para decidir, conjuntamente, se o Brasil vai comprar as aeronaves da França, Estados Unidos ou Suécia – o que deve ocorrer até o final de novembro. O presidente já admitiu ter preferência pelos aviões franceses.
O caça Rafale, da francesa Dassault, é o preferido da área política, enquanto o Gripen NG, da empresa sueca Saab, continua no páreo por ser um dos mais baratos e oferecer maior transferência de tecnologia. O terceiro concorrente é o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing.
Na tentativa de convencer o governo brasileiro, o presidente mundial da Saab, Ake Svensson, admitiu a possibilidade de o governo da Suécia comprar aviões brasileiros Super Tucano e KC-390 caso o país seja escolhido na concorrência para a compra de 36 aviões-caças pelo governo brasileiro. Os suecos também prometem transferência integral de tecnologia ao país.
A França, por sua vez, conta com a simpatia do presidente Lula, que chegou a sinalizar, ao lado do presidente francês, Nicolas Sakozy, sua intenção de adquirir as aeronaves do país. Só não há sinais aparentes a favor dos F-18, considerados os mais sofisticados do mundo. Integrantes do governo brasileiro não estariam convencidos, nos bastidores, sobre as promessas dos EUA de transferência real de tecnologia para a produção futura das aeronaves no País.
FONTE: Jornal Agora, via Notimp
Saudações
Anúncio do vencedor deve sair até o dia 30 de novembro
A comissão da Aeronáutica responsável por analisar as propostas de venda de 36 aviões-caças ao Brasil deve encaminhar na próxima semana ao alto comando da FAB (Força Aérea Brasileira) as conclusões do trabalho – com a indicação técnica da melhor oferta feita ao governo brasileiro para a compra das aeronaves. A expectativa de parlamentares ligados ao alto comando aeronáutico é de que, até o dia 30 de novembro, o governo federal anuncie o país vencedor da concorrência para a compra dos aviões.
A reportagem apurou que, até agora, somente o ministro Nelson Jobim (Defesa) teria analisado o teor do relatório. O comando da Aeronáutica também vai dar o seu parecer sobre a compra antes de encaminhá-lo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que vai dar a palavra final sobre a escolha dos aviões. Lula prometeu reunir o Conselho de Defesa Nacional para decidir, conjuntamente, se o Brasil vai comprar as aeronaves da França, Estados Unidos ou Suécia – o que deve ocorrer até o final de novembro. O presidente já admitiu ter preferência pelos aviões franceses.
O caça Rafale, da francesa Dassault, é o preferido da área política, enquanto o Gripen NG, da empresa sueca Saab, continua no páreo por ser um dos mais baratos e oferecer maior transferência de tecnologia. O terceiro concorrente é o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing.
Na tentativa de convencer o governo brasileiro, o presidente mundial da Saab, Ake Svensson, admitiu a possibilidade de o governo da Suécia comprar aviões brasileiros Super Tucano e KC-390 caso o país seja escolhido na concorrência para a compra de 36 aviões-caças pelo governo brasileiro. Os suecos também prometem transferência integral de tecnologia ao país.
A França, por sua vez, conta com a simpatia do presidente Lula, que chegou a sinalizar, ao lado do presidente francês, Nicolas Sakozy, sua intenção de adquirir as aeronaves do país. Só não há sinais aparentes a favor dos F-18, considerados os mais sofisticados do mundo. Integrantes do governo brasileiro não estariam convencidos, nos bastidores, sobre as promessas dos EUA de transferência real de tecnologia para a produção futura das aeronaves no País.
FONTE: Jornal Agora, via Notimp
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- Soldado
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- Registrado: 09 Jun 2008, 18:28
Son tantas las idas y vueltas en la licitacion que debe discutirse a lucha por los participantes detras de bastidores por ganarla que debe ser telenovelezco, las discuciones.
Yo pienso que Brasil quiere asegurarse que no le pase lo mismo que Argentina en la Guerra de las Malvinas, con respecto a la tecnologia extranjera que en su momento los franceses dieron los codigos de los exocet argentinos a los britanicos para destruirlos por la gran amenaza que son estos misiles para su flota naval, dada la amistad entre paises europeos.
Obviamente aunque estuvieran enemistados hipoteticamente Francia e Inglaterra, en este caso, en caso extremo, como las Malvinas el europeismo aflora por sobre todo.
Y si Brasil se ve obligado a utilizar armamento europeo contra otra fuerza, extranjera, que despues quien se lo vendio, le juegue en contra, por razones politicas,...y le bloqueé electronicamente entre otras cosas, me explico?
Por eso ha de querer transferencia de tecnologia y no solo para conocimiento,...
A modo de ejemplo!
Yo pienso que Brasil quiere asegurarse que no le pase lo mismo que Argentina en la Guerra de las Malvinas, con respecto a la tecnologia extranjera que en su momento los franceses dieron los codigos de los exocet argentinos a los britanicos para destruirlos por la gran amenaza que son estos misiles para su flota naval, dada la amistad entre paises europeos.
Obviamente aunque estuvieran enemistados hipoteticamente Francia e Inglaterra, en este caso, en caso extremo, como las Malvinas el europeismo aflora por sobre todo.
Y si Brasil se ve obligado a utilizar armamento europeo contra otra fuerza, extranjera, que despues quien se lo vendio, le juegue en contra, por razones politicas,...y le bloqueé electronicamente entre otras cosas, me explico?
Por eso ha de querer transferencia de tecnologia y no solo para conocimiento,...
A modo de ejemplo!
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