Operação Laçador


Kaiser Konrad
O exercício será a maior simulação de guerra convencional da América Latina. Usina Hidrelétrica de Itá será ocupada por Forças Estratégicas.
Começa na próxima semana o maior exercício combinado de guerra convencional realizado na América Latina neste ano. A Operação Laçador é conduzida pelo Ministério da Defesa e vai acontecer entre os dias 16 e 27 de novembro nos três Estados da região sul.
Mais de 8 mil homens do Exército, Marinha e Aeronáutica vão simular o emprego de 85 mil militares, efetivo que seria necessário no mesmo cenário numa situação real. A força combinada está sob o comando do General de Exército José Carlos De Nardi, Comandante Militar do Sul.
Em sua concepção estratégica a operação Laçador simula uma guerra entre duas nações fictícias: a Amarela e a Verde. O País Amarelo está situado na metade ocidental do Rio Grande do Sul. A nação vem enfrentando uma crise energética causada pelo esgotamento de seus campos petrolíferos. Sérias manifestações inflamadas pelos ideais nacionalistas de um governo populista provocaram o recrudescimento nas relações com o País Verde, que vive um clima de prosperidade econômica.
Neste contexto, a Armada Amarela ocupa a zona do campo petrolífero da Bacia de Chuí, no Oceano Atlântico, dentro das águas territoriais do país Verde. O Comando de Defesa Aeroespacial Verde entra em Estado de Alerta nível 3, momento em que as principais unidades de aviação de caça, reconhecimento, transporte e ataque são desdobradas para a Base Aérea de Canoas.
Por ser o país agressor o Amarelo perde o apoio internacional e o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprova e legitima uma ação militar Verde para defesa do seu território. A Força Tarefa Combinada Rio Grande desloca uma frota de navios à área da Bacia de Chui enquanto a Força de Submarinos segue para o litoral Amarelo com a missão de negar o uso do mar às embarcações que ainda estão nos portos.
Os serviços de Inteligência Verdes informam que forças regulares amarelas planejam ocupar as instalações da Usina Hidrelétrica Binacional, situada na fronteira e controlada pelos dois países. A usina é uma instalação estratégica responsável por abastecer grande parte da nação Verde, principalmente seus centros urbanos e econômicos. Na operação Laçador, esta usina está representada pela Hidrelétrica de Itá, localizada na dividas do Rio Grande do Sul com Santa Catarina.
Com a autorização do Presidente da República Verde, as Forças Armadas iniciam o contra-ataque. A ofensiva aérea dá início à guerra. A Força Aérea bombardeia as principais pistas de pouso e bases amarelas para garantir a superioridade no céu do inimigo.
Simultaneamente, a Brigada Aeromóvel (12º Brigada de Infantaria Leve) realiza um assalto helitransportado e toma as instalações da Usina Hidrelétrica Binacional, numa ação muito similar à antecipada por Defesanet no ano passado (Ver - http://www.defesanet.com.br/missao/est/bil.htm). À retaguarda de Itá, uma parte do território Amarelo é ocupado pelos militares verdes. A ação é rápida e poucos dias depois o país amarelo se rende.
Conozca la Operación
La Operación Lazador es un ejercicio conducido por el Ministerio de la Defensa, en el Comando Militar del Sur (CMS), con la participación de la Armada, del Ejército y de la Fuerza Aérea, a realizarse desde el 16 hasta el 27 de noviembre de 2009. Actualmente, éste es el más grande ejercicio combinado de Latinoamérica, en función del número de Mandos y efectivos de las tres Fuerzas Militares involucradas. Cuenta con más de 8 mil hombres y mujeres.
Desarrollada, simultáneamente, en los siguientes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina y Paraná, la Operación Lazador tiene por finalidad el adestramiento operacional y táctico de los Comandos y Estados Mayores, en la ejecución y evaluación del ejercicio combinado, el trabajo conjunto de las Fuerzas marítimas, terrestres y aéreas, entre otros.
Las principales actividades se llevarán a cabo en la región del Puerto de Rio Grande, con acciones de la Fuerza Combinada Rio Grande, bajo el mando del 5° Distrito Naval; en la región de Curitiba/PR, donde se van a realizar Ejercicios de Simulacro de Combate por la 5ª Región Militar / 5ª División de Ejército; y la región abarcada entre las ciudades de Cachoeira do Sul/RS y Bagé/RS, con la 3ª División de Ejército, realizando en el terreno un ejercicio de Puesto de Mando. En la base aérea de Canoas/RS, aeronaves despegan para simular el combate a la aviación enemiga de la Base Aérea de Santa Maria/RS.
FORÇA AEREA
La Fuerza Aérea Brasileña actúa en la Operación Lazador 2009 con el Comando de la Tercera Fuerza Aérea e integra la Fuerza Aérea Componente 106. Emplea los siguientes medios aéreos:

MARINHA DO BRASIL
La Armada de Brasil actúa en la Operación Lazador 2009 con el Comando del 5º Distrito Naval integrando el Comando de la Fuerza Combinada Rio Grande, que cuenta con cuatro Grupos de Tarea, de Rio de Janeiro, además de otros medios pertenecientes a la Armada y al Ejército Brasileño. Van a emplearse en esta Operación:
1 Buque de Asalto Anfibio;
1 Buque de Desembarco;
1 Buque Petrolero;
1 Fragata Clase Greenhalgh;
2 Fragatas Clase Niterói;
1 Corbeta Clase Inhaúma;
2 Buques Patrulleros;
2 Buques Balizadores;
2 Navíos Cazaminas;
4 Lanchas;
2 Submarinos Clase Tupi;
8 Aeronaves (01 UH-14, 02 AH-11A, 01 SH-3 y 04 UH-12/13).
EXERCITO BRASILEIRO
El Ejército actúa en la Operación Lazador 2009 ejerciendo el Comando del Teatro de Operaciones, cuyo Estado Mayor Combinado se compone de oficiales de las tres Fuerzas, y emplea, aún:
3ª División de Ejército, con sus Brigadas Subordinadas, realiza ejercicio en el terreno y planificación de Estado Mayor;
5ª División de Ejército, con sus Brigadas Subordinadas, realiza ejercicio en el terreno y simulacro de combate;
6ª División de Ejército ejerce el Comando de la Fuerza Terrestre Componente y, con sus Brigadas Subordinadas, realiza ejercicio de planificación de Estado Mayor;
3ª Región Militar y 5ª Región Militar/ 5ª División de Ejército suministran los medios logísticos en sus áreas de responsabilidades, respectivamente, en Rio Grande do Sul, Santa Catarina y Paraná.
Defesa Aérea em estado de alerta.
FAB realiza a operação Comdaex 2009


No shelter de operações da defesa aérea o ritmo de trabalho é frenético. Controladores militares debruçados em scopes e monitores ficam atentos a qualquer movimentação estranha. Seis alvos penetram simultaneamente no espaço aéreo rumo a um sítio radar localizado ao Sul. A defesa aérea é acionada e imediatamente caças F5 são enviados para a interceptação.
Está em andamento nas bases aéreas de Canoas e Santa Maria a operação Comdaex 2009. Gerenciado a partir do Curitiba, onde está o Chefe do Comandando de Defesa Aeroespecial Brasileiro, o exercício simula a evolução de uma crise entre dois países fictícios até chegar à deflagração do conflito.
A escala de alerta brasileira (ESTALE – estados de alerta) varia entre 0 e 3. A atual fase da operação simula o Estale 1, momento em que aeronaves do país Amarelo ingressam no espaço aéreo para missões de reconhecimento. Quando são interceptadas e é verificado se carregam armamentos ou equipamentos de guerra eletrônica e reconhecimento, o que pode caracterizá-las como alvos hostis.

Duramente as interceptações são exercitados todos os procedimentos de defesa aérea e em sua fase final, com estado de alerta 3, combates aéreos, missões de ataque e defesa antiaérea serão realizados pelos efetivos dos dois países fictícios.
Quando o confronto for declarado formalmente, um comando conjunto subordinado ao Comandante Militar do Sul assumirá a responsabilidade sobre o teatro de operações. Pela primeira vez a transferência será realizada por meio de um acordo com cláusulas jurídicas. Entrará em cena então, a Operação Laçador, que começa no dia 16 de novembro.
Participam da Operação Comdaex 2009, militares e equipagens dos quatro grupos de comunicações e controle da FAB, controladores de voo de todos os Cindactas, aeronaves F-5M do 1/14º GAv, E-99A do 2º/6º GAv, KC-130 do 1º/1º GT e A-1 do 3º/10º GAv e RA-1 do 1º/10º GAv, e efetivos do BINFAE-CO e da 1º Companhia de Artilharia Antiaérea de Autodefesa. Radares de campanha do 2º/1º GCC e 4º/1º GCC, respectivamente estão desdobrados nas cidades de Pelotas e Santa Cruz do Sul.


FONTE: http://www.defesanet.com.br/