Comando do Exército confirma morte de 11 militares no Haiti
O comando do Exército confirmou em nota oficial divulgada no início da tarde desta quarta-feira (13) que 11 militares brasileiros morreram vítimas do terremoto de 7 graus na escala Richter que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe.
Morreram na tragédia no Haiti o
1º tenente Bruno Ribeiro Mário, o 2º sargento Davi Ramos de Lima, o 2º sargento Leonardo de Castro Carvalho, o cabo Douglas Pedrotti Neckel, o cabo Washington Luis de Souza Seraphin, o soldado Tiago Anaya Detimermani, o soldado Antonio José Anacleto, o cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior, o soldado Kleber Da Silva Santos, e o subtenente Raniel Batista de Camargo. Morreu ainda o coronel Emilio Carlos Torres dos Santos, do Gabinete do Comandante do Exército e que trabalhava na Minustah, a missão brasileira no Haiti ligada às Nações Unidas.
Estão desaparecidos sete militares. Há sete feridos em atendimento no Hospital Argentino da Minustah e dois outros militares foram evacuados para a República Dominicana.
O comandante do Exército, Enzo Peri, que embarcou para o Haiti, informou que a médica Zilda Arns, 75, foi soterrada. Arns era fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, que integrava missão no país caribenho. (Conheça a trajetória de Zilda Arns).
Ainda não há números oficiais de vítimas e prejuízos, mas os relatos que chegam pelas agências de notícias informam que diversos edifícios desabaram no país, inclusive o palácio presidencial da capital Porto Príncipe.
Sem levantamentos oficiais e em meio a um colapso nas comunicações, fontes médicas e humanitárias preparam-se para a possibilidade de haver milhares de mortos, incluindo estrangeiros de diversas nacionalidades que fazem parte da força de paz das Nações Unidas, liderada há cinco anos pelo Brasil. Diversos países e entidades internacionais mobilizam-se para ajudar o país.
De acordo com as agências internacionais, vários feridos aguardam ajuda médica pelas ruas da capital haitiana. A comunicação com o país ainda é muito precária. O prédio da Organização das Nações Unidas (ONU) desmoronou pelos tremores desta terça-feira.
Danos às instalações brasileiras
O Brasil comanda cerca de 7.000 soldados da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, enviada ao país em 2004, e tem 1.266 militares na área, dos quais 250 são da engenharia do Exército.
Em nota oficial na noite desta terça-feira, o Ministério da Defesa do Brasil informou que houve "ocorrência de danos materiais em algumas instalações usadas por brasileiros". O informe indica, entretanto, que o balanço desses danos será feito somente nesta quarta-feira (13).
O escritório da embaixada teve muitos danos. Os militares brasileiros estão em uma planície onde não há construções altas, então ali não há tanto perigo. Mas a área da chancelaria sofreu bastante", disse o embaixador do Brasil no país, Igor Kipman, em entrevista à rádio CBN.
O representante do Brasil no Haiti também afirmou que houve danos sérios em inúmeros imóveis na capital do país. O embaixador informou que sua volta ao Haiti, onde vive há dois anos, estava prevista para a próxima quinta-feira (14), mas deve decidir nesta quarta se antecipa sua volta ou se permanece no Brasil.
saudações