Thales Foca o Brasil l
Dentro da estratégia de mulinacionalidade que o Grupo Thales adota, o Brasil é o foco atual. Com a participação na empresa OMNISYS (51%) e incorporando algumas das atividades da ALCATEL-LUCENT a Thales apresenta um perfil bem mais abrangente, que até então era conhecido. Sua presença no Brasil data de quarenta anos, através da antecessora Thomson-CSF, que foi responsável pelos sistema de Controle de Tráfego Aéreo, implementado desde os anos 70 e 80 com os DACTA 1, 2 e 3.
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Thales Foca o Brasil II
Um dos novos negócios da Thales é a construção naval ao participar com 25% da DCNS. A interessante proposta francesa para atrair a Marinha do Brasil ao submarino de propulsão convencional Scorpene: a possibilidade de acompanhar a construção de um submarino nuclear na França.
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Thales Foca o Brasil III
Laurent Mourre, Diretor da Thales no Brasil detalha de forma exclusiva à Defesa@Net as ações do Grupo e as perspectivas no Brasil.
http://www.defesanet.com.br/zz/th_mourre.htm
http://www.defesanet.com.br/zz/th_mourre_1.htm
Thales Foca o Brasil
Exclusivo: Entrevista com Laurent Mourre
Diretor Geral da Thales no Brasil
(para mais detalhes do Grupo Thales)
Nelson Düring
O Grupo Thales está no Brasil há quase quarenta anos, através da Thomson-CSF, implementou os DACTA 1, 2 e 3, e ao longo deste período foi visto como uma empresa de engenharia focada em eletrônica. Porém, com dois movimentos recentes a participação na empresa de construção naval DCNS e a incorporação de uma série de atividades da Alcatel-Lucent, a Thales assume uma nova postura no Brasil, junto com a prévia participação na empresa brasileira OMNISYS.
Laurent Mourre foi indicado pela Thales para incluir o Brasil dentro da cultura da "Multinacionalidade" do Grupo, seus planos e perspectivas são apresentados nesta entrevista exclusiva à Defesa@Net
Essa postura foi sinalizada na LAAD com a vinda do executivo Jean-Luc Perrier. Agora Laurent Mourre nos detalha e avança com energia sobre inúmeros assuntos: de satélites á submarinos nucleares, de sistemas de navegação aérea a sistemas de controle ferroviário.
D@N - Quando asumiu a função de Diretor Geral da Thales no Brasil?
Laurent Mourre - Em 1º de Setembro de 2005.
D@N – Quais são as atividades do grupo Thales no Brasil atualmente?
Laurente Mourre – O Grupo apresenta uma ação diversificada como a participação na OMNYSIS, com 51% do capital, o Programa PROMATEC da Polícia Federal, e o maior programa do mundo, em monitoração do espectro eletromagnético com a ANATEL. Esses programas nos garantem um faturamento anual de cerca de 100 milhões de Euros no Brasil e empregamos cerca de 250 pessoas n Brasil
D@N – Quais as perspectivas?
Laurent Mourre – Enormes. A OMNISYS será o centro de desenvolvimento mundial do Grupo Thales para radares Banda L, os chamados radares de rota. Há um mercado de 45-50 radares no mundo e podemos pegar uma parcela significativa deste mercado para a OMNISYS. Além disso a empresa participa ativamente Programa Espacial Brasileiro como o programa conjunto do Brasil com a China do satélite de monitoração CBERS-2.
D@N – Que outras atividades estão sendo implementadas no Brasil?
Laurent Mourre – Temos o programa de monitoração do espectro de radiofreqüência com a ANATEL, e é o maior programa desse gênero no mundo. Com a Marinha um desenvolvimento de Guerra Eletrônica e também com o IPD, equpamentos de controle para o Centro de Lançamento de Alcântara.
A aquisição das atividades espaciais e de comunicações da Alcatel-Lucent, no início do ano, traz todo um novo negócio para o Grupo Thales no Brasil. Assim temos os satélites C-1 e C-2 da Star One (subsidiária da Embratel). Pretendemos usar a OMNiSYS no apoio às nossas atividaes espaciais.
Outro ponto importante é com a criação da DCNS (25% Thales), em março. Entramos assim como parceiros efetivos de projetos navais e não somente como fornecedor de equipamentos.
D@N - Como se divide o faturamento mundial da Thales?
Laurent Mourre - O faturamento do Grupo se divide em: Defesa 50 %, Aeroespacial 25 % e Segurança 25%. Nos países dependendo de cada caso esses número podem mudar.
D@N – Na LAAD já pode ser visto que a oferta do submarino Scorpène será reforçada agora com a presença da Thales.
Laurent Mourre – Sim tornaremos mais visível nossa participação no mercado de construção naval assim como a presença da DCNS.
D@N - Qual a vantagem do Brasil de adqurir o equipamento francês?
Laurent Mourre - Se o Brasil decidir no futuro ter submarino nuclear a escolha do equipamento francês é a melhor. Os sistemas de eletrônicos de missão empregados nos submarinos nucleares e convencionais são os mesmos. A DCNS é a única empresa que desenvolve submarinos de propulsão convencional (diesel-elétrico) e nuclear. São mais de 1 Bilhão de Euros de investimentos em pesquisas nos últimos anos.
O Brasil é cliente da Alemanha há 25 anos, mas isso não indica que o será para sempre. Se o Brasil pensa em ter um submarino de propusão nuclear futuramente, o submarino convencional (Scorpène) é a melhor opção. Estamos iniciando a produção de um novo SSN o Barracuda para a Marinha Francesa. (nota Defesa@Net - Classe Barracuda submarino nuclear de ataque seis unidads previstas)
D@N - Em que o Brasil poderia ser beneficiado?
Laurent Mourre - Primeiro a transferência de tecnologia de produção do submarino convencional. Também propomos que um grupo do Brasil acompanhe a construção da nova classe do submarino nuclear francês, o SSN Barracuda.
Assim o Brasil ganhará anos em conhecimento, quando decidir por um submarino nuclear. Essa é uma decisão do Goveno Brasileiro quando decidir reativar o Programa de Propulsão Nuclear
D@N - E o que ações a Thales tem desenvolvido em apoio ao Programa Scorpene?
Laurent Mourre - Já conversamos com cerca de 30-40 empresas no Brasil para estabelecer contatos para substanciar nossa proposta do submarino convencional junto à Marinha do Brasil.
D@N - Quais as estratégias da Thales para ter maior presença no Brasil?
Laurent Mourre - Primeiro incrementar a nossa força de vendas. Desde a minha chegada aumentamos em 100% e estamos contratando mais.
Nosa meta participar de todos os principais programamas de defesa e segurança do Brasil, expandir a atuação da OMNISYS, a recente incorporação das atividades da AlCATEL-LUCENT trouxe uma importante setor para nós que é o de satélites. O Brasilsat C1-C2 da Global One (empresa Embratel). Na área de controle trabalhamos parater as linhas de metro 4 e 5 de São Paulo. Temos a participação do radar RBE2, que equipa o Rafale, já preparado para receber o módulo
AESA que equipará a versão F-3 do caça.
É essencial trazer tecnologia. Não há mais possibilidade de fazer negócios sem trazer tecnologia e nós somos líderes mundiais em inúmeras áreas esse é o nosso diferencial.